Encerrando nossas postagens sobre os times do futebol de mesa brasiliense,
falaremos dos nomes de times que não tem muito a ver com o futebol. Alguns nomes
exóticos, em muitos casos utilizados por técnicos sem/com muita inspiração na
hora de inscrever o seu time numa competição. Em outros casos, nomes de pompa, de
deixar orgulhoso o torcedor desse time, caso ele existisse! Há, inclusive,
aqueles técnicos que, na hora de inscrever seu time, na falta de um melhor
nome, escolhia um qualquer, com ou sem justificativa, não interessa, e assim
marcava sua passagem por determinada competição. Vamos conhecer uma boa parte
desses times.
SAUDADES DA TERRINHA...
Alguns resolveram homenagear a cidade ou a região onde nasceram ou até mesmo
nomes que tragam lembranças de sua terra natal ou cidades e locais por onde
passou.
Um deles é Antônio Carlos Pimentel, que deu ao seu time o nome em homenagem ao
morro do Vidigal, mantendo as cores verde, branca e preta do Vidigal Futebol
Clube (time onde jogou pelada no Rio de Janeiro). Depois de muito estudo,
escolheu o nome dos jogadores pela importância de cada um no seu passado. São
eles: 1. Periquito, 2. César, 3. Beto, 4. Mirim, 5. Poloca, 6. Jaci, 7.
Geraldo, 8. Dingo, 9. Tael, 10. Paulada. 11. Lilico (ele mesmo, Pimentel). O
primeiro jogo do Vidigal Futebol de Mesa aconteceu no dia 27 de março de 1982.
Para lembrar de sua cidade natal, Viana, no Maranhão, Luiz de Oliveira Gomes
Neto, o Luiz Gomes, criou o Dragão Vianense na década de 70.
A escalação tem:
1. Catarrinho,
2. Cabeça, 3. Zé de Melo, 4. Coquinho, 5. Nágua Velha, 6. Lupercínio, 7.
Bacabal, 8. Vavá, 9. Xuxo, 10. Tuby (o próprio Luiz Gomes) e 11. Lanção.
Nascido em Araçatuba, Marcelo Porto resolveu homenagear o time da sua cidade, criando
o Araçatuba Futebol de Mesa, tendo na sua escalação alguns jogadores que se
destacaram no futebol brasileiro. As cores originais do Araçatuba são a amarela
e a azul e a escalação do time principal é Betinho, Garrinchinha, Mauro, Ivan e
Bauer; Benetti, Daércio e Elói; Tuta, Genildo e Luizinho.
A “cidade maravilhosa” foi lembrada através do Rio Carioca, de Nilson Coutinho, do Lagoa, de Maurício Cavalcanti, e do Carioca (Alexandre Coelho).
Sérgio Ricardo morou um tempo em Boa Vista, capital de Roraima, e joga até hoje
com esse nome.
Wellington Gomes morava na Cidade Ocidental e em seu primeiro torneio na regra
3 toques colocou o nome Ocidental em seu time.
Carranca é uma escultura com forma humana ou animal, produzida em madeira e
utilizada nas embarcações que navegam pelo rio São Francisco. Nascido na Bahia,
Agrício Braga Filho resolveu inscrever seu time, em 1980, com o nome de Carranca).
Certamente não foi por saudades da terrinha, mas José de Albuquerque Costa Neto
deu ao seu time o nome de Tio Sam e aos seus jogadores nomes de alguns dos 50
Estados dos Estados Unidos. Arizona era o seu maior craque.
GRUPO DE AMIGOS
Dois médicos prestaram homenagem ao seu grupo de amigos.
O “Amigos Futebol de Mesa” é o time do nosso amigo e especializado em
otorrinolaringologia, Dr. Paulo César Marinho Faria. O Amigos fez sua estréia
na regra de três toques em 1983 e sempre teve as cores verde e branco como
oficiais. O time original do Amigos é uma homenagem de Paulo César aos seus
companheiros de pelada, na grande maioria médicos, que jogaram bola no campo do
Hospital Universitário de Brasília, por mais de 20 anos, aos sábados à tarde.
A escalação original do Amigos: (1) Genê, (2) Vilber, (3) Ávila, (4) Orlando,
(5) Zé Antônio, (6) Paulo César, (7) Horácio, (8) Gilberto, (9) Mário Zan, (10)
Ênio e (11) Careca.
Reservas: goleiros Nicanor e Lilico, (12) Edvaldo, (13) Edilson, (14) Tonico,
(15) Chico, (16) Ayres, (17) Kaká, (18) Vicente, (19) Valdecy, (20) Tadeu e 21
(Álvaro).
No dia 17 de agosto de 1985, aconteceu a estreia do novo time do Amigos, com o
escudo que o acompanha até os dias de hoje. O novo escudo, bolado pelo próprio
Paulo César, representa uma cóclea estilizada, imitando a rede do gol, com a
bola estufando-a. Nota: cóclea (ou caracol, devido à sua forma) é a parte
interna do ouvido que contém os terminais nervosos responsáveis pela audição.
Já Antônio Carlos Marcello reuniu seus colegas da turma de Medicina de 1972 e
seu time chama-se ATM-72, os quais não tivemos a oportunidade de saber os nomes.
Não tão amigos assim, o time do saudoso Ésio Buarque da Silva Gusmão, era
chamado de Mão Branca.
Para quem não sabe, Ésio Buarque era policial civil. Mão Branca era um grupo de
policiais que exterminavam bandidos na década de 80 em Campina Grande. Se
tratavam como justiceiros e tinha opinião da população dividida devido a
crueldade das mortes. Já naquela época, a gíria “mão branca” servia para se
referir a policiais no geral. O Mão Branca Futebol de Mesa era formado por
policiais e também por alguns dos mais perigosos marginais do Brasil: 1. Kojak,
2. Brucutu, 3. Gengivan, 4. Tim Branco, 5. Tatuagem, 6. Zeca Diabo, 7. Doca
Street, 8. Babãozinho, 9. Gregorinho, 10. Lúcio Flávio, 11. Mariel Mariscot,
12. Nijini (irmão de Lúcio Flávio), 13. Esinho, 14. Seu Popó e 15. Guzula.
O curioso é que o time do Amigos já teve uma época que era formado por
assassinos fictícios, como, por exemplo, Michael Myers, da série Halloween, ou
Norman Bates, de Psicose, ou seja, não tinha nada de amigo. Coisas que só o
futebol de mesa proporciona!
Na década de 80, o técnico Luiz Carlos Bezerra, o Lula, jogava no Serrano com
um time chamado de Killers Futebol de Mesa.
JUNTANDO O ÚTIL AO AGRADÁVEL...
Há técnicos que procuraram juntar o útil ao agradável no futebol de mesa.
Teve técnico que deu ao time o nome do seu barco (Lena II - João Oliveira), ou
o nome de sua firma, como é o caso de William Dias (Frigoscândia).
Antônio Carlos Morgado sempre teve admiração por bandas de rock. Sua coleção de
discos era difícil de contar. Quando criou o seu Arsenal, em 1981, deu aos
jogadores nomes de grandes astros desse gênero musical: P. Collins, D. Gilmour,
R. Waters, R. Wright, John Paul Jones, B. May, J. Page, N. Young, I. Anderson,
N. Mason, R. Davies, R. Taylor, S. Howe, S. Quire, M. Jones e J. Beck.
Uma equipe de outro gênero musical é a do All Stars, de Álvaro Sampaio Filho. Como
sempre foi amante da música clássica, optou por uma escalação surrealista, com
nomes de compositores clássicos, nomes que atravessaram gerações e tornaram-se
imortais pelo legado que nos deixaram. Assim ficou a escalação do All Stars
Futebol de Mesa: 1. Rossini, 2. Beethoven, 3. Tchaikowsky, 4. Carlos Gomes, 5.
Verdi, 6. Bizet, 7. Chopin, 8. Gunod, 9. Gershwin, 10. Suppé, 11. Strauss, 12.
Leoncavallo, 13. Villa Lobos e 15. Wagner.
O samba também foi homenageado quando o saudoso carioca Lourival Gomes Couto
Sobrinho criou em 1984 o Acadêmicos Futebol de Mesa.
Lourival gostava muito de samba e foi este ritmo musical que o inspirou a
escolher o nome do seu time. Morador da Asa Norte, Lourival resolveu homenagear
a Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte, optando pelas cores vermelha e
branca da agremiação carnavalesca. A escalação principal do Acadêmicos era: C
& A, Lauro e Portela; Baía, Tati e Crema; Márcio, Sidney, Russo, Junior e
Kalunga. O craque do time era Russo.
OS ANIMAIS
Os técnicos brasilienses não poderiam deixar de homenagear os animais,
principalmente aqueles que fazem parte do dia-a-dia deles.
José Roberto Calaça, por exemplo, deu ao seu time o nome de Roller, nome da
raça de canários que criava.
Nosso saudoso amigo Joaquim Martins de Santana preferiu escalar aves, digamos
assim, um “pouco” maiores do que os canários. Quando criou o Playmate, esse
tinha em sua escalação diversas aves de rapina: Sarcorranfo, Circaeto, Uraeto,
Gavião e Condor; Catarto e Falcão; Esmerilhão, Francelho, Milhafre e
Serpentário.
Valter da Silva Souza, o Valtinho, hoje morando nos Estados Unidos, criou o
Aquáticos, que tinha a seguinte escalação: Golfinho, Baleia, Jacaré, Surubim e
Crocodilo; Polvo e Carangueijo; Sucuri, Sapo, Tucunaré e Jibóia. Na reserva,
Bagre e Piranha.
Einstein Martins jogava com o Ciranda, time de futebol de salão e de campo,
pelo qual disputou os campeonatos internos da AABB.
Não podiam faltar os cavalos! O Cavalo de Tróia, de Adolpho Parente, surgiu em
junho de 2005, quando seu técnico redescobriu o futebol de mesa em Brasília.
Desde então, torcedor do São Paulo, pensou em vários nomes e símbolos para o
seu time, pois não queria fazer um time com um nome comum, para evitar futuros
confrontos com outros do mesmo nome. Outro fator importante para que quisesse
criar seu próprio time foram as histórias que seu pai, Márcio Parente,
ex-botonista da regra três toques, contava sobre o Dragão Negro, time de Walter
Morgado. Assim, depois de alguns dias matutando escolheu como símbolo para seu
time de botões o da equipe de Fórmula 1 Ferrari, um cavalo, por ser um
apaixonado por F-1, por achar um lindo símbolo e por adorar cavalos.
Passada esta fase, foi a hora de descobrir qual seria o nome. Pensou em
diversos, até que lembrou a história do Cavalo de Tróia! Uma bela ideia, usando
da surpresa e da coragem conseguiram furar a defesa (muralha) do adversário com
um ataque fulminante. Aí não teve mais dúvidas do nome: "Cavalo de Tróia".
Por fim, veio a escalação, e já que a ideia do cavalo foi dos gregos, decidiu
fazer uma escalação com seus deuses e heróis. A escalação foi a seguinte: 1.
Hércules, 2. Ares, 3. Eros, 4. Asclépio, 5. Hades, 6. Poseidon, 7. Aquiles, 8.
Cronos, 9. Apolo, 10. Zeus, 11. Hefesto e 12. Hermes. Posteriormente decidiu
fazer outra escalação homenageando os grandes cavalos da história e outros
famosos. Esta escalação é mantida até hoje, graças à afinidade criada entre os
craques de quatro patas e seu técnico que faz questão de prestigiá-los
“gritando” seus nomes sempre que fazem gols. A referida escalação é a seguinte:
1. Ribot, 2. Tornado, 3. Incitatus, 4. Comanche, 5. Vizir, 6. Pegasus, 7. Herói,
8. Baloubet du Rouet, 9. Pé de Pano, 10. Bucéfalo, 11. Silver, 12. Ferrari, 13.
Pepe Legal. 14. Mustang e 15. Faísca.
NOMES E SOBRENOMES
Há aqueles que prestaram homenagem a si próprio ou a alguém da família.
O que seria o Asteca surgiu da necessidade de se
ter um time para disputar os torneios da AABB. Marcelo Vasques não queria
trazer o Flabarça, que atuava no dadinho, para as competições de 3 toques. Daí
pensou em colocar um nome onde pudesse homenagear um grande feito. Então veio à
mente o estádio mexicano onde a fantástica seleção brasileira de 1970 sagrou-se
campeã mundial. Da mesma forma, na cidade de Sobradinho (DF), existia um time
com esse nome, porém escrito assim: Azteca, do qual era também um dos
"patrocinadores" da equipe, o que veio unir o útil ao agradável, pois
o Azteca da cidade serrana é uns dos maiores campeões dos torneios amadores da
região. O escudo teve a participação efetiva do Paulão, na época em que ele
estava por fazer os quadros dos times (expostos na galeria da AABB. O elenco do
Azteca está assim composto: 1. Janice (esposa), 2. Ana Beatriz (filha), 3. Miria
(mãe), 4. Altamira (avó), 5. Sansanto (tio), 6. Evangelino (avô), 7. Roninho
(primo), 8. Juquinha (pai), 9. Vasques,10. Felipe Marcelo (filho), 11. Dion
(primo), 13. Soneguim (tio) e 15. Marlon (amigo e irmão de consideração).
Marcelo Ferreira resolveu homenagear seu pai e passou a jogar com o Izalci.
O vascaíno José Vasconcellos juntou o nome do time que torce com parte do seu
sobrenome e criou o Vasco-ncellos.
Rodrigo Magalhães de Guimarães criou o RMG (iniciais do seu nome).
Marcos Caetano jogava com o Caetanense.
Luciano Cheberle jogou com um time com o mesmo sobrenome.
Antônio Rezende, que tinha o apelido de Tuniquinho, deu este nome ao seu time.
FUTEBOL DE MESA TAMBÉM É CULTURA!
A nobre arte do cinema serviu de inspiração para alguns técnicos.
Alcides Figueira Filho deu ao seu time, em 15 de novembro de 1985, o nome de
Oscar e aos seus jogadores filmes e/ou desenhos vencedores desse prêmio, por
incentivo do seu irmão Carlos Henrique Figueira, que já vinha jogando na
modalidade três toques em São José do Rio Preto (SP).
Em 10 de janeiro de 1987, o Oscar estreou seu primeiro time próprio, com as
cores oficiais preta e amarela, as quais permanecem até hoje. De lá pra cá
houve poucas alterações na escalação, que atualmente possui: 1. Batman, 15.
Indiana Jones, 3. King Kong, 13. Jason e 16. He-Man; 5. Robin Hood, 8. ET e 10.
Superman (capitão); 7. James Bond (007), 9. Rambo e 11. Mad Max. Na reserva:
12. Tarzan (goleiro), 22. Amadeus (goleiro), 2. Alien, 4. Homem Aranha, 6.
Homem de Ferro e 20. Avatar.
Os cavaleiros do Rei Arthur defendem as cores do Távola, de Donisete Medeiros.
Você também pode achar que está numa sala de cinema, quando entram em
campo/mesa os jogadores de Os Miseráveis, de Victor Hugo, nas mãos de Pedro
Thuin.
Que tal uma grande batalha, quando tiver a oportunidade de ficar, frente à
frente, com os Gladiadores, de Marcos André Mendes?
Da nobre arte do cinema, passamos para a poesia.
Nosso maior representante nesse ramo é o poeta Domingos Pereira Netto, que joga
com seu time de nome Parnaso, em honenagem ao Monte Parnaso, situado na Grécia
Central, aceito como morada sagrada dos poetas. O time A é formado por poetas
brasileiros e o B por estrangeiros.
O time é composto por duas equipes, sendo o time A formado apenas por poetas
brasileiros. As escalações são as seguintes: Time A: Augusto dos Anjos, Murilo
Mendes, Jorge de Lima, Mário Quintana, Thiago de Mello, Moacyr Félix, Manuel
Bandeira, Vinícius de Moraes, João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar e
Carlos Drummond de Andrade.
Time B: Homero, Luís de Camões, Fernando Pessoa, Jorge Luis Borges, Pablo
Neruda, Frederico Garcia Lorca, Charles Baudelaire, Sthéfane Marllamé, Arthur
Rimbaud, Rainer Maria Rilke e Vladimir Maiakóvski. (Na reserva: Dante
Alighieri, T. S. Elliot, Paul Verlaine, Edgar Alan Poe, William Shakespeare e
Lord Bayro).
Outro time formado por escritores foi o Literatto Futebol de Mesa, de Glauro
Torres, nas cores preto, azul e branco e tendo um livro aberto com as letras L
F M como escudo. Jogou no Ceub na década de 80. Era composto pelos seguintes
“jogadores”: Drummond, Rubem Braga, Victor Hugo, Sérgio Porto, Andrade, Neruda,
Nelson Rodrigues, Dostoiewsky, Fernando Sabino, Sócrates (o filósofo), Torres,
Veríssimo, Del Picchia e Paulo Mendes Campos.
Em homenagem também à criatividade de seus técnicos e, por isso mesmo, à
exclusividade com que ficaram conhecidos, também destacamos mais alguns.
Torcedor doente do Vasco da Gama, o saudoso José Carlos Libório jogava com o
time do Signus Futebol de Mesa. O nome surgiu por acaso. Libório procurava por
um nome diferente e sugestivo, queria sair da mesmice de nome de times já
existentes. Um dia, ele estava lendo uma revista e consultou o horóscopo para
ver como seria o seu dia. Daí veio a ideia de usar o nome de Signus, com os
nomes dos signos representando cada jogador do seu novo time: 1. Shalom, 2.
Arcithenes, 3. Aries, 4. Capri, 5. Leo, 6, Taurus, 7. Amphora (seu artlheiro),
8. Scorpius, 9. Virgo, 10. Cancer, 11. Pisces, 14. Libra e 16. Gemini. Libório
era extremamente supersticioso a ponto de fazer ou deixar de fazer alguma coisa
por conta do que estava dito nos signos. Jogou de 1981 a 1993 e foi um dos
responsáveis pela colocação do futebol de mesa na AABB.
Quando começou a praticar o futebol de mesa em Brasília, em março de 1979, o
capixaba Márcio Luís Da Rós sempre defendeu as cores do seu time de coração, o
Fluminense, do Rio de Janeiro. A partir de novembro de 1979, quando os
botonistas de Brasília tiveram os primeiros contatos com os técnicos do Rio de
Janeiro (criadores da regra dos três toques), todos perceberam que seria
necessária uma mudança radical. Márcio, então, aproveitou para adquirir um novo
time e também para trocar o nome do seu, incentivado por Sérgio Netto, que era
terminantemente contra a repetição nos nomes dos times inscritos nas nossas
competições. Foi então que Márcio criou o Imperial Futebol de Mesa, formado por
diversos imperadores e reis. Era integrado por 1. Pedro I, 2. Ramsés II, 3.
Ciro, 4. Abu-Bekr, 5. Ja-El, 6. Júlio César, 7. Napoleão, 8. Luiz XV, 9. Gengis
Khan, 10. Anco Márcio, 11. Alexandre, 12. Nabucodonosor e 15. Átila. Seu maior
artilheiro foi Luiz XV, vindo logo a seguir Gengis Khan.
Do Alfa, clube que funcionou na década de 80, veio o Ômega Futebol de Mesa, do
técnico Fernando Antônio de Azevedo. O escudo tinha a letra de Ômega e segundo
seu técnico, era para significar o final de tudo, o fim das esperanças de
vitória do adversário. Na primeira partida oficial o Ômega tinha esses
“jogadores” à disposição: Netuno, Poseidon, Hércules, Kraken, Osíris, Calibos,
Pégasus, Argus, Bubo, Zeus, Perseu, Jopa, Tánatos e Cronos.
Um time bastante criativo foi criado pelo técnico José Carlos Franklin dos
Santos, que jogava no Serrano no início da década de 80. Chamava-se Crisebrás
Futebol de Mesa e tinha a seguinte escalação: 1. Inflação, 2. Carestia, 3.
Menor Abandonado, 4. Moratória, 5. Salário Mínimo, 6. Pacote, 7. Maluf, 8.
Maxi, 9. Deu-Fim, 10. Expurgo e 11. Desemprego.
O Titânico Futebol de Mesa
é o time de Marcelo Silva. Segundo seu técnico, o nome nasceu por acaso, não houve
um motivo especial. Foi fundado em 1º de dezembro de 1980, nas cores vermelho e
branco. Sua escalação oficial apresenta: 1. Frangão, 2. Atchim, 3. Zangado, 4.
Cana Brava, 5. Mestre, 6. Dengoso, 7. Teófilo, 8. Dunga, 9. Soneca, 10.
Pelezinho, 11. Feliz, 12. Esquálidus, 18. Miura, 20. Zé Carioca e 21. Rex. A
escalação teve como inspiração a revistinha Turma do Pelezinho, a Disney e os
Sete Anões. Seu principal artilheiro é Pelezinho. Já o capitão do time é o
número 5, Mestre.
Com o
objetivo de assustar seus adversários, em 1980 San Tiago Gusmão mandou
confeccionar um time nas cores roxa (na parte de cima) e amarela (na parte de
baixo). Para complementar essa “arte bizarra”, deu ao time o nome de
Demoníacos, esperando que seus jogadores estivessem em todas as partidas “com o
demônio no corpo”. Não demorou muito para sua mãe “solicitar gentilmente” a
mudança de nome... A escalação era a seguinte: 888. Tenebroso, 2. Zé Caveira,
3. Carniceiro, 4. Coveiro, 5. Espectro, 6. Drácula, 7. Lobisomem, 8. Karrasco,
9. San Diablo, 10. Satanás, 11. Makabro, 21. Makarius, 31. Capetinha, 41.
Esquelético, 51. Belzebu e 91. Dr. Phibes. Via-se de tudo no futebol de mesa!!!
OS SUPERTIMES
Alguns técnicos se imaginaram treinando os maiores jogadores de futebol do
mundo, em todos os tempos.
Mâncio Olegário Guimarães que foi técnico do Serrano no início da década de 80,
criou o Só-Kraques.
José de Ribamar Garcês, que foi técnico do Ceub também na década de 80, criou o
Seletri Futebol de Mesa, formado por jogadores da Seleção Brasileira nas três
Copas do Mundo conquistadas (1958, 1962 e 1970). O time titular era formado por
Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Mauro e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha,
Tostão, Pelé e Rivelino. Na reserva, Carlos Alberto Torres, Gerson, Jairzinho e
Zagalo.
Também surgiram times formados por craques do exterior.
Em janeiro de 1980 surgiu o primeiro Eldorado, todo preto. A escalação era com
base nos melhores jogadores do futebol mundial na época e era essa: 45. Dasaev,
2. Paul O’Neal, 3. Figueroa, 4. Cabrini, 5. Alves, 6. Pezzey, 7. Simonsen, 8.
Falcão, 9. Krankl, 10. Ruben Paz e 11. Resenbrink. Os reservas eram: 22. Paulo
Victor, 12. Scirea, 13. De León, 14. Maradona, 15. Prohaska, 16. Littbarski,
17. Gary Shaw, 18. Ramon Díaz, 19. Van der Berg, 20. Schuster e 21. Didier Six.
Logo que começou a jogar da regra 3 toques, Eduardo Almeida tinha um time
chamado Squadra Azzurra, formada por jogadores que defendiam a seleção italiana:
Dino Zoff e Bordon (goleiros), Gentile, Scirea, Marini e Cabrini (defensores),
Dossena, Tardelli, Di Bartolomei, Oriali e Antognoni (armadores) e Conti,
Iorio, Paolo Rossi e Altobelli (atacantes). Com o passar do tempo foram
“convocados” novos jogadores, como Baresi, Collovatti e Bettega. Quando “cansou”
da Itália, resolveu mudar: foi para o lado dos alemães, passando a jogar com a
Seleção da Alemanha (antes do 7 x 1!!!) e mais recentemente com o nome de Germânicos.
Outro técnico brasiliense que também tem admiração pelo futebol italiano é o
grande Roberto Pessoa, que há muito tempo defende as cores do Napoli. Adquiriu
um time azul claro e branco, fabricado por Lorival de Lima, de São Paulo, na
época em que a TV Bandeirantes passava para Brasília o campeonato italiano. Resolveu,
então, criar o Napoli Futebol de Mesa. Para incentivá-lo, Walter Morgado passou
para ele os escudinhos e, desde o dia 3 de junho de 1984, Roberto passou a
jogar com o Napoli. A escalação original do Napoli Futebol de Mesa ainda não
tinha Maradona (foi contratado um mês depois), mas já contava com o brasileiro Dirceu
e o holandês Krol, e era assim constituída: Castellini, Bruscolotti, Boldini,
Ferrario, Krol, Dal Fiume, Caffarelli, Celestini, De Rosa, Dirceu e Pellegrini.
Na reserva, Casale e Masi.
Miguel Gustavo Souza sempre defendeu o CCCP, que tinha sua escalação baseada na
antiga seleção soviética de futebol. O maior destaque do time era Belanov, o nº
9. CCCP é uma abreviatura das palavras em russo de União das Repúblicas
Socialistas Soviéticas, o equivalente a URSS.
Para terminar, há também aqueles que, talvez, nem os próprios técnicos saberiam
explicar o nome que resolveram colocar em seus times, tais como Águia Negra
(Carlos Eduardo Freire, o Duda), Alea Jacta Est (Paulo Bueno), Aquarius
(Irapuan Padilha), Astoria (Ildefonso Michiles), Barão Vermelho (Genilson Pádua
Rodrigues), Cara de Pau (Rubens Murga), Chumbo Grosso (Rogério Brandão de
Faria), Ciclone (Heráclito Barreto), Eureka (José Silvério), Exor (José Paulo
Neto), Falcão Negro (Rogers Sarmento Bispo), Kako (Alexandre Campelo), Lá Vai
Bola (Victor Knapp), Mandrake (Marco Antônio Tierno), Olympikus (José Silvano),
Planethário (Sinval Gusmão), Ponte Negra (James Roque Moreira), Sanguinário
(Paulo Souza), Simplório (Francisco de Lima), Tamoio (Anderson César Brandão de
Farias), Tarântula (Erol Luiz Lobão de Castro), Universal (Wagner Alberto de
Oliveira) e Vagalume (Guido Dutra).
Se esqueci de algum, ajude-nos mandando o histórico de seu time, a escalação
original e o motivo que o levou a criar esse nome.
Bom dia. Acabei de assistir a matéria sobre vocês no globo comunidade. Achei muito bacana e gostaria de saber, se possível, de um contato aqui no DF de fabricante de futmesa. Voltei a jogar com um amigo há 6 meses como hobby e seria melhor encomendar os times de um fabricante do DF. Obrigado e fica o meu contato. knzfl@msn.com. Parabéns por levarem tão a sério esse esporte maravilhoso.
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