Antônio Carlos Almeida |
O regulamento previa que os nove primeiros colocados disputariam o 2º Turno na
Série Ouro e os outros cinco na Série Prata.
PRIMEIRO TURNO
O primeiro turno encerrou-se na noite de 14 de setembro de 2010.
Quatro técnicos chegaram com chances matemáticas de conquistar o primeiro turno
na última rodada (todos fariam dois jogos): Adolpho, Alcides, Eduardo e José
Ricardo. Destes, apenas Alcides dependia dele mesmo. Os demais de combinações.
A diferença de Alcides para Eduardo era de um ponto: 27 a 26. José Ricardo
tinha 23 e Adolpho 22 pontos ganhos.
Na primeira rodada de quatro jogos, por coincidência, dois deles envolvendo
esses quatro técnicos: Eduardo x José Ricardo e Adolpho x Alcides. Ao final do
1º tempo, vitória de Eduardo por 1 x 0, e empate de 0 x 0 no outro jogo. Esse
resultado daria o primeiro lugar a Eduardo. Tudo mudou quando José Ricardo
empatou e Alcides conseguiu marcar dois gols em Adolpho. Colocou uma das mãos
na taça. Chegou aos 30 pontos contra 27 de seu perseguidor mais próximo.
Adolpho e José Ricardo deram adeus ao título.
Veio a segunda rodada. Ao Alcides bastava um empate diante de Sérgio Motta.
Eduardo enfrentaria Tarcízio com a obrigação de vencer, de preferência com um
bom número de gols para melhorar seu saldo. Motta abre o marcador e o 1 x 0
persistiu por um bom tempo. Na outra mesa, Eduardo fazia 1 x 0 em Tarcízio. Se
continuasse assim, os critérios de desempate deveriam ser adotados. Ficariam
iguais em vitórias (9) mas o saldo de Alcides era de mais dois gols em relação
a Eduardo. Este acabou vencendo o seu jogo pelo placar mínimo, mas Alcides
conseguiu empatar com um “gol espírita”. Com isso, chegou aos 31 pontos e manteve
a invencibilidade na competição: foram 9 vitórias e 4 empates. Marcou 29 gols e
sofreu 12. Uma bela campanha!
As demais colocações foram ocupadas por: 2º Juventus, 30 pontos ganhos; 3º
Cavalo de Tróia, 25; 4º Estrela Solitária, 25; 5º Amigos, 23; 6º Verdão, 22; 7º
Camisa 12, 20; 8º Centenário, 19; 9º Triturador, 18; 10º Mengole, 17; 11º
Napoli, 10; 12º Meninos da Vila, 8; 13º Ciranda, 5 e 14º Leão do Norte, 4.
SEGUNDO TURNO
O 2º turno começou no dia 21 de setembro de 2010.
Estavam qualificados para a Série Ouro Adolpho Parente, Alcides Figueira Filho,
Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, José Ricardo Almeida, Luiz Cláudio
Caruso, Paulo César Faria, Ricardo Motta e Tarcízio Dinoá Junior.
Caso Alcides vencesse o 2º turno, seria automaticamente proclamado campeão da
Taça Brasília. Se o vencedor fosse um outro técnico, aconteceria uma decisão
extra, em dois jogos, marcados para o dia 05.10.2010. Caso, ainda, acontecesse
de um terceiro técnico marcar mais pontos que os vencedores de turnos, a decisão
se faria na forma de um triangular, também no dia 5 de outubro de 2010.
Na última rodada, realizada no dia 30 de setembro de 2010, somente três
técnicos tinham chances de conquistar o 2º turno: Verdão (Antônio Carlos
Almeida), Amigos (Paulo César Faria) e Estrela Solitária (José Ricardo
Almeida). Para acirrar ainda mais as disputas, a tabela previa um “triangular”
entre esses técnicos na última rodada do returno.
Destes, o Verdão é o que tinha mais chances, por depender dele mesmo. Jogava,
por exemplo, por dois empates. O Amigos tinha que vencer seus dois jogos e
torcer para o Estrela Solitária vencer ou empatar com o Verdão. A pior situação
era a do Estrela Solitária: tinha que ganhar seus dois jogos e torcer para o
Amigos vencer o Verdão.
A tabela definiu para a primeira rodada das três previstas para a noite o
“clássico familiar” Verdão x Estrela Solitária. O Verdão fez 1 x 0, o Estrela
Solitária empatou. O Verdão voltou a ficar na frente do marcador e, no último
lance, o Estrela Solitária definiu o placar em 2 x 2. Com esse resultado, o
Estrela Solitária deu adeus ao título.
Veio a segunda rodada e o terceiro time concorrente ao título, Amigos, passou a
depender somente dele para ficar com a primeira colocação. Mal o jogo (Verdão x
Amigos) começou, o Verdão deu dois chutes e marcou 2 x 0. Com este resultado,
ficaria com o título. Mas, o Amigos foi buscar o empate e perdeu boas chances
de virar o placar. Isso não aconteceu e o jogo ficou mais nervoso e indefinido.
Para piorar ainda mais a situação, ao tentar tirar uma bola em sua defesa, o
técnico do Amigos deu um “passe” em um jogador do Verdão, próximo da sua grande
área. O Verdão não desperdiçou a oportunidade e marcou o terceiro, gol que lhe
deu a vitória e o título de campeão do 2º turno.
No outro jogo do “triangular”, o Estrela Solitária goleou o Amigos por 4 x 1.
Além dessa disputa pelo título do 2º turno, também tivemos nessa última rodada
a definição do técnico com maior número de pontos ganhos. Faltando dois jogos
para todos os técnicos, Juventus (Eduardo Almeida) e Palmeiras (Alcides
Figueira Filho) tinham o mesmo número de pontos acumulados: 39. Podiam, ainda,
ser ultrapassados por Verdão, Estrela Solitária e Amigos.
O Cavalo de Tróia (Adolpho Parente), que jogaria com Palmeiras e Juventus,
nesta ordem, poderia ser o fiel da balança. Se, por exemplo, acontecesse empate
nos dois jogos, Juventus e Palmeiras se enfrentariam na última rodada.
Dependendo dos demais resultados, a disputa pelo maior número de pontos seria
direta.
O mais curioso é que podíamos ter quatro técnicos com o mesmo total de pontos.
Bastava acontecer essas combinações:
1. Juventus e Palmeiras perdem para o Cavalo de Tróia e empatam o seu jogo,
alcançando, ambos, 40 pontos.
2. Verdão empata seus dois jogos: também chega aos 40 pontos.
3. Estrela Solitária empata com o Verdão e vence o Amigos: também chega aos 40
pontos.
Aí, teríamos que apelar para os critérios de desempate.
Assim, na primeira rodada, Cavalo de Tróia e Palmeiras empataram em 0 x 0. Na
segunda, a Juventus aproveitou-se da total “descontração” do técnico do Cavalo
de Tróia e o goleou por 4 x 0, colocando dois pontos à frente do Palmeiras.
Este recuperaria o primeiro lugar caso vencesse a Juventus na terceira e última
rodada. Mas a Juventus venceu por 2 x 0 e garantiu o primeiro lugar no critério
“maior número de pontos acumulados”.
Também tivemos briga na parte de baixo da tabela: Centenário (7º), Camisa 12
(8º) e Triturador (9º) tinham, respectivamente, 24, 24 e 22 pontos acumulados.
Do mesmo modo que a tabela reservou um triangular para decidir quem ganharia o
2º turno, ela também determinou um triangular entre esses técnicos citados para
se livrarem da lanterna!
Na primeira rodada, o Triturador (Luiz Cláudio Caruso) venceu o Camisa 12
(Ricardo Motta), por 4 x 0. Veio a segunda rodada e o jogo era Centenário
(Tarcízio Dinoá Junior) x Triturador. Num jogo cheio de reviravoltas, o
Triturador levou a melhor por 4 x 3. Na última rodada, o Centenário venceu o
Camisa 12 por 2 x 1.
A classificação final do 2º turno da Taça Brasília de Futebol de Mesa foi esta:
1º Verdão, 20 pontos ganhos; 2º Juventus, 15; 3º Estrela Solitária, 15; 4º
Amigos, 12; 5º Triturador, 10; 6º Palmeiras, 9; 7º Centenário, 8; 8º Cavalo de
Tróia, 7 e 9º Camisa 12, 4.
FASE FINAL
Conforme determinava o regulamento da competição, participariam da fase final
do torneio o campeão do 1º turno (Alcides Figueira Filho – Palmeiras), o
vencedor do 2º (Antônio Carlos Almeida – Verdão) e o técnico que mais somou
pontos nos dois turnos (Eduardo Almeida – Juventus).
O primeiro jogo do triangular decisivo foi entre Verdão e Palmeiras. Ambos os
técnicos demonstravam seu grande nervosismo nas boas chances desperdiçadas de
marcarem o primeiro gol. Foi assim até o final do primeiro tempo, quando
Alcides cometeu uma falta boba no canto direito de sua defesa. Toca o relógio e
o árbitro Eduardo Almeida avisa que serão quatro lances. Antônio Carlos rola a
bola em direção à grande área e marca o primeiro gol.
O segundo tempo começa e o equilíbrio no jogo continua. Em mais um lance
despretensioso, Alcides comete outra falta, convertida no segundo gol do
Verdão. Perto do final do jogo, o Verdão marcou o terceiro gol, vencendo a
primeira batalha por 3 x 0.
Veio a segunda partida do triangular, reunindo Alcides e Eduardo. Este,
aproveitando-se do fato de Alcides ainda estar se recuperando da derrota no
primeiro jogo, abriu 2 x 0 no marcador. Num lance em que poderia acontecer o
terceiro gol, numa jogada próxima a linha do meio-de-campo, a bola sobrou para
um jogador do Alcides, que diminuiu o marcador. O empate de Alcides veio num
chute rente à lateral e desferido um potente chute que encobriu o goleiro da
Juventus. Resultado final: 2 x 2.
Este resultado dava a Antônio Carlos, no terceiro e decisivo jogo, o direito de
jogar pelo empate contra Eduardo.
Jogo bastante disputado, com boas chances dos dois lados, lances capitais
desperdiçados e o primeiro tempo terminou com o placar em branco.
O 0 x 0 perdurou por boa parte do segundo tempo, apesar das chances criadas
pelos dois técnicos. Praticamente no último lance do jogo, Antônio Carlos armou
uma jogada próxima à área de Eduardo. Este conseguiu tirar a bola, mas esta,
teimosamente, colou num jogador de Antônio Carlos. O passe foi dado e o gol
marcado. Logo depois tocaria o relógio apontando o final do jogo. Vitória
merecida do Verdão por 1 x 0. O título ficou em boas mãos.
A classificação final da Taça Brasília 2010 foi esta:
Em toda a competição foram realizados 150 jogos, onde foram assinalados 485
gols, perfazendo a média de 3,2 gols por jogo.
O botão-artilheiro foi o nº 11, do Estrela Solitária, com 15 gols, seguido de
perto pelo nº 10, do Triturador, com 10.
CF |
TÉCNICOS |
TIMES |
J |
V |
E |
D |
GF |
GC |
SG |
PG |
Aprov. |
1º |
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA |
VERDÃO |
23 |
14 |
6 |
3 |
53 |
26 |
27 |
48 |
69,6% |
2º |
EDUARDO ALMEIDA |
JUVENTUS |
23 |
14 |
4 |
5 |
42 |
21 |
21 |
46 |
66,7% |
3º |
ALCIDES FIGUEIRA FILHO |
PALMEIRAS |
23 |
11 |
8 |
4 |
42 |
31 |
11 |
41 |
59,4% |
4º |
JOSÉ RICARDO ALMEIDA |
ESTRELA SOLITÁRIA |
21 |
11 |
7 |
3 |
50 |
26 |
24 |
40 |
63,5% |
5º |
PAULO CÉSAR FARIA |
AMIGOS |
21 |
11 |
2 |
8 |
43 |
35 |
8 |
35 |
55,6% |
6º |
ADOLPHO PARENTE |
CAVALO DE TRÓIA |
21 |
9 |
5 |
7 |
30 |
25 |
5 |
32 |
50,8% |
7º |
LUIZ CLÁUDIO CARUSO |
TRITURADOR |
21 |
8 |
4 |
9 |
39 |
40 |
-1 |
28 |
44,4% |
8º |
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR |
CENTENÁRIO |
21 |
8 |
3 |
10 |
43 |
36 |
7 |
27 |
42,9% |
9º |
RICARDO MOTTA |
CAMISA 12 |
21 |
7 |
3 |
11 |
28 |
42 |
-14 |
24 |
38,1% |
10º |
EINSTEIN MARTINS |
CIRANDA |
21 |
5 |
6 |
10 |
25 |
42 |
-17 |
21 |
33,3% |
11º |
RODRIGO CARUSO |
MENINOS DA VILA |
21 |
6 |
6 |
9 |
22 |
32 |
-10 |
24 |
38,1% |
12º |
PAULO ROBERTO HOLANDA |
LEÃO DO NORTE |
21 |
4 |
4 |
13 |
18 |
37 |
-19 |
16 |
25,4% |
13º |
SÉRGIO MOTTA |
MENGOLE |
21 |
6 |
6 |
9 |
25 |
32 |
-7 |
24 |
38,1% |
14º |
ROBERTO PESSOA |
NAPOLI |
21 |
3 |
2 |
16 |
25 |
60 |
-35 |
11 |
17,5% |
TAÇA DE PRATA
Einstein Martins, Paulo Roberto Holanda, Roberto Pessoa, Rodrigo Caruso e
Sérgio Motta disputaram a Taça de Prata em dois turnos.
Quatro deles chegaram ao último dia de disputa com chances de conquistar o
título. Matematicamente, somente Roberto Pessoa não tinha mais chances.
Einstein Martins e Rodrigo Caruso dependiam de si mesmo. No momento, o Einstein
tinha melhor saldo de gols que Rodrigo (7 x 4). Vencendo seus dois jogos e
mantendo a diferença, seria o campeão.
Rodrigo teria que vencer seus dois jogos e marcar uma quantidade de gols que
tirasse a diferença em relação a Einstein, caso este também vencesse seus dois
jogos.
Paulo Roberto Holanda teria que vencer seus dois jogos e torcer para que
Einstein e Rodrigo perdessem seus dois compromissos.
Ainda com remotas chances estava Sérgio Motta: devia vencer seus dois jogos,
torcer para Einstein e Rodrigo perderem os seus dois, Paulão perder pelo menos
um e marcar o maior número de gols que permitisse melhorar seu saldo de gols,
atualmente negativo em 2.
Após a última rodada realizada no dia 2 de outubro de 2010, Einstein Martins e
Rodrigo Caruso continuavam invictos e empatados no número de pontos ganhos: 16.
O melhor saldo de gols (11 contra 5) deu o título ao Einstein.
Na terceira colocação, com 12 pontos ganhos, ficou Paulo Roberto Holanda (Leão
do Norte). Sérgio Motta (Mengole) somou 7 pontos e ficou na quarta colocação.
No quinto e derradeiro lugar ficou Roberto Pessoa (Napoli), que conseguiu
apenas um ponto ganho.
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