Retirado do Informativo Serrano, de outubro de 1982, vamos conhecer o “jogo inesquecível” do nosso saudoso amigo Paulo Sérgio Nader.
“Eu poderia citar vários jogos que me marcaram, tanto no aspecto positivo como no negativo. No positivo, qualquer jogo que eu ganhe do Jan, a quem considero extremamente difícil de ser batido, é um jogo para nunca mais sair da minha memória. No aspecto negativo, houve duas goleadas humilhantes de 10 x 1 e 9 x 1 para o San Tiago e o Gilberto Moura, respectivamente, que nunca mais esquecerei.
Mas, o jogo mais emocionante para mim, pelas circunstâncias, aconteceu no 3º Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa, em 1982, em Brasília, contra o Sérgio Burnier, de Belo Horizonte.
O jogo começou duro, com ataques de ambas as partes, até que na metade do primeiro tempo o número 11 do Sérgio Burnier acertou um chute impossível, sem ângulo, e fez 1 x 0.
Continuei tentando acertar meu jogo, mas o Burnier estava muito bem. Aos 15 minutos do 2º tempo (faltavam dez para acabar a partida), cometi um pênalti infantil. Foi aí que me desesperei. Pensei “agora a vaca foi para o brejo”. Mas, aí, aconteceu o inesperado: o Burnier tocou no canto e a bola foi para fora.
Quando olhei para a cara que ele fez de desânimo, pensei: “É agora ou nunca”. Fui todo para o ataque. Dois minutos depois do pênalti perdido, consegui o gol de empate.
E o jogo permanecia nervoso, até que armei uma jogada de ataque no grande círculo. Quando mandei Burnier colocar o goleiro, soou o cronômetro e o árbitro Paulo Duarte, do Rio de Janeiro, disse: “último chute”.
Concentrei-me e toquei mansamente no canto esquerdo do goleiro do Burnier. A emoção foi muito forte e o meu grito ecoou por todo o ginásio da AABB: gol!
Era a classificação do Serrano para a fase final que estava confirmada, num jogo disputado, palmo a palmo, e que me emocionou profundamente”.
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