Luiz Claudio de Santana e Caruso nasceu em São Paulo (SP),
no dia 3 de maio de 1969. Mora em
Brasília desde 1975, logo tem a Capital Federal como sua verdadeira “terra
natal”.
Suas primeiras palhetadas, como toda criança da sua geração, foram em casa onde,
juntamente com seu irmão mais velho (Paulo Caruso), passava algumas horas do
dia disputando acirrados jogos em uma mesa do tipo “Estrelão” ou até mesmo no
chão.
Iniciou na modalidade três toques em novembro de 1979, quando foi levado por
seu irmão Paulo Caruso para disputar um torneio aberto na UDF, onde conheceu
diversas pessoas com as quais convive até hoje.
Após jogar pela UDF (até 1984), passou pela Associação (1985), e foi um dos
fundadores do Planalto (em 1988), ficou um bom tempo afastado do futebol de
mesa. Aparecia muito esporadicamente. Só voltou realmente a praticar o futebol
de mesa no ano de 2001, quando se associou à AABB.
Anteriormente jogava com o time do São Paulo, seu time do coração, até que em
2005 passou a jogar com o Triturador Futebol de Mesa, também conhecido como o
“Mais Querido” do Centro-Oeste.
Mesmo enfrentando o eterno problema de conciliar trabalho com lazer, Luiz
Claudio encontra tempo para jogar futebol de mesa ao menos uma vez por semana.
Considera muito mais importante do que a competição em si o fato de que toda
vez que vai jogar, encontrar com pessoas que o conhece desde que ele era
criança. Portanto, sente como se estivesse entre verdadeiros irmãos e não
apenas num grupo de praticantes do mesmo esporte.
Sua maior alegria, conforme já citado, são as amizades que conseguiu através do
esporte.
Dentre os títulos que conquistou, Luiz Claudio considera o mais marcante em sua
carreira botonística o Interclubes de Brasília, em 1983, quando atuava pela UDF
e foi campeão derrotando, na final, a Associação que tinha, entre outros, o
temido Walter Morgado.
Cabe registrar que na época Brasília era a maior força do Brasil, portanto o
interclubes local era um verdadeiro campeonato brasileiro. O campeonato foi
realizado em turno e returno com jogos em casa e fora. A UDF foi campeã com uma equipe que tinha
dois adultos (Antônio Carlos e José Ricardo) e duas “crianças” (Eduardo Almeida
e ele), na época com 14 anos.
Além desse título, Luiz Claudio venceu seis Challengers, entre 2005 e 2010, foi
campeão do Brasiliense Interclubes e da Copa Centro-Oeste em 2007 (defendendo
as cores do Planalto), e venceu a Copa DF e a Federation Cup em 2009.
Em 2011 fez excelente campanha no Brasileiro Interclubes, em Juiz de Fora,
quando ficou com o melhor desempenho individual entre todos os 48 participantes
(foram 10 vitórias e duas derrotas). Também em 2011 obteve a sua melhor
colocação na história da Taça Brasília (competição que disputou apenas treze
vezes), quando chegou no terceiro lugar.
No ano seguinte, 2012, faltou pouco para chegar ao título máximo do Campeonato
Brasileiro Individual, disputado em São José do Rio Preto. Após realizar
brilhante campanha (com oito vitórias, um empate e duas derrotas), perdeu a
final para Marcus, de Juiz de Fora.
O ano de 2015 foi marcado pela despedida de Luiz Claudio das mesas do Brasil.
Em razão de compromissos profissionais, o “Bailarino” se mudou para os Estados
Unidos, onde ficou até o final de 2019.
Ao retornar, tomou uma decisão que sacudiu os alicerces da 3 Toques. O
Triturador F. M. seria aposentado e em seu lugar viria um novo time diferente
do habitual. Botões de bainha simples e com circunferência menor que o
habitual. Tudo em busca de um futebol ainda mais espetacular.
Assim, em 2 de maio de 2020 surgiu o Máquina Negra F. M. Time criado pela
Pangaré Botões, dos artesãos Paulo Caruso e Tarcízio Dinoá.
A escalação não poderia ser outra, senão: Valdir Perez, Getúlio, Oscar, Dario
Pereyra e Nelsinho; Chicão, Renato e Pita; Muller, Careca e Zé Sérgio.
A primeira taça veio em junho de 2020. O dia 25 de junho sempre será lembrado
por toda a torcida tricolor. A Taça Araucárias foi conquistada contra o
Brasília, de Paulo Caruso. Com gol de Muller no primeiro tempo, o Máquina Negra
não apenas venceu a partida como colocou em prática sua essência de
futebol-bailarino. Foram inúmeros chutes a gol, bolas na trave que fez do
goleiro adversário o melhor jogador em campo.
Como o técnico Antônio Carlos Pimentel havia vencido um torneio em fevereiro
(anterior ao retorno do Bailarino às mesas), em outubro de 2020 foi disputada a
Copa do Campeões do 1º Semestre.
Vidigal e Máquina Negra disputaram o título num jogo extra, visto que os dois
primeiros terminaram com o mesmo placar (2 x 2).
No terceiro e decisivo jogo, o Máquina Negra presenteou seus torcedores com uma
exibição de gala. Com gols de Muller, Nelsinho, Pita e Zé Sérgio, o time deu um
show em campo e com um 4 x 0, levantou seu segundo troféu num período de quatro
meses.
Até onde o time pode chegar ninguém sabe, mas uma coisa é fato. O Máquina Negra
veio para brilhar!!!
Seu principal objetivo continua sendo carregar a bandeira do futebol-arte e
fazer do Máquina Negra o maior time da história do futebol de mesa brasiliense.