sexta-feira, 7 de abril de 2023

BOTONISTA EM FOCO: Márcio Parente


Márcio Garcia Parente nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 7 de abril de 1956.
Começou no futebol de botão ainda criança, ao adquirir nas lojas de brinquedos botões de plástico representando os grandes clubes do futebol de campo. Nessa época, o goleiro tinha uma haste que passava debaixo da rede, que era de plástico, para que cada um efetuasse sua colocação por detrás das traves.
Depois, “evoluiu” para os botões feitos com coco (uma verdadeira obra de arte!), galalite e vidrilha de relógios de bolso, com a regra sendo a de ir palhetando até errar. Os goleiros eram caixas de fósforo com chumbo derretido dentro deles.
Márcio chegou à Brasília, no ano de 1960. Logo depois que começou a trabalhar na Câmara dos Deputados, em 1973, conheceu Luiz Roberto Serejo que, após dois anos, o convidou para participar de um torneio em sua casa, na 205 Sul. Não demorou para também conhecer outras pessoas que foram fundadores da Associação de Futebol de Mesa de Brasília, tais como Luiz Paulo Serejo, irmão de Luiz Roberto, e seu filho Jorge Luiz Serejo, Francisco Vidal, Walter Morgado e Antônio Carlos Morgado, dentre outros, moradores das quadras próximas (106 e 306 Sul), todos eles já representando grandes clubes do futebol brasileiro. Foi, então, que Márcio passou a defender as cores do Tiradentes, de Brasília.


A primeira competição disputada por Márcio na Associação foi o Campeonato Brasileiro, disputado entre os meses de abril e junho, terminando na nona colocação entre os doze técnicos participantes, com a seguinte campanha: 22 jogos, 8 vitórias e 14 derrotas, 16 pontos ganhos; marcou 42 gols e sofreu 53. Esse torneio foi vencido por Walter Morgado, técnico do Dragão Negro.
No torneio seguinte, o “Cinquentenário de O GLOBO”, disputado de 15 de agosto a 10 de outubro de 1975, Márcio novamente foi nono colocado.
Na primeira competição de 1976, o Campeonato Brasiliense, disputado de 2 de abril a 20 de agosto, Márcio passou a ter a companhia, na Associação, do seu irmão Joaquim, jogando com o time do River, do Piauí.
Continuaram disputando os campeonatos promovidos pela Associação nos anos de 1977 e 1978, quando Márcio obteve sua melhor participação no disputadíssimo Campeonato Brasiliense de 1977, chegando na quinta colocação.
Em 1979, quando foi fundada a Federação Brasiliense de Futebol de Mesa, já com a regra dos 3 Toques, Márcio encontrava-se inativo em relação ao futebol de mesa.
Somente a partir de 1º de maio de 1981 é que ele retornou ao quadro de filiados da Associação de Futebol de Mesa de Brasília, passando a disputar o campeonato interno desse clube até 7 de junho de 1981. Ainda jogando com o time do Tiradentes, foi oitavo lugar numa competição dominada por Walter e Antônio Carlos Morgado (campeão e vice-campeão) e Paulo Caruso (terceiro colocado).
Logo depois, de 22 de agosto a 3 de outubro de 1981, Márcio tomou parte do 3º Torneio Aberto, classificando-se para a Segunda Fase, mas ficando de fora do quadrangular final.
No final do ano, ficou com o 34º lugar no ranking da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa, composto por 54 técnicos.
Começou o ano de 1982 disputando, de 4 a 7 de fevereiro de 1982, o II Campeonato Brasileiro Interclubes realizado na AABB-Brasília e vencido pelos irmãos Antônio Carlos e José Ricardo Almeida. Formando dupla com Genauro Vieira, defendeu as cores do clube São Miguel, de São Miguel dos Campos-AL (naquela época era permitido completar uma equipe visitante), que ficou com a 26ª colocação entre os 32 participantes. Márcio disputou seis jogos, venceu três, empatou dois e perdeu apenas um; marcou onze gols e sofreu sete. Nada mal para a sua primeira participação em uma competição nacional.
Logo depois, de 29 de março a 19 de agosto de 1982, disputou o 3º Campeonato Interno da Associação, chegando na terceira colocação, o que lhe garantiu o direito de ser um dos quatro representantes da Associação em sua primeira Taça Brasília (disputada de 7 de agosto a 25 de setembro de 1982, com 40 técnicos no total; terminou em 25º lugar) e a fazer parte da equipe da Associação no Campeonato Brasiliense Interclubes (disputado por 12 clubes, de 10 de outubro a 19 de dezembro de 1982), ajudando o clube a ser o terceiro colocado.
Suas boas atuações durante o ano o levaram a ficar na 16ª colocação do ranking da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa, que contou com um total de 76 técnicos.
Foi quinto colocado no 4º Campeonato Interno da Associação, disputado por 15 técnicos de 11 de abril a 4 de julho de 1983, ficando atrás de Walter Morgado, José Carlos Libório, Jean Buarque Junior e Sérgio Motta.
Na Taça Brasília de 1982, ficou com a oitava colocação entre os 28 participantes.
Logo depois, de 24 de setembro a 24 de dezembro de 1983, ajudou a Associação a conquistar o vice-campeonato no Brasiliense Interclubes (disputado por sete clubes).
Foi o 14º no ranking da FBFM de 1983 (integrado por 64 técnicos).
De 9 a 11 de fevereiro de 1984, no Ginásio de Esportes da Polícia Militar do DF, disputou, mais uma vez, o Brasileiro Interclubes pela Associação, ficando em sexto lugar.
Com o encerramento das atividades da Associação de Futebol de Mesa de Brasília, em 1984, nesse mesmo ano, a partir de 10 de maio, passou a disputar o Campeonato Interno da Associação Guará, vencido por Antônio Carlos Pimentel. Não ficou entre os quatro primeiros colocados.
Depois, no Brasiliense Interclubes, mesmo realizando uma boa campanha (oito jogos, cinco vitórias, um empate e duas derrotas), não teve como impedir o Guará de ficar com a sexta colocação entre os sete participantes.
Em 1985, a Associação retornou às competições oficiais da FBFM, e Márcio disputou os campeonatos internos da Associação (ficando em sétimo) e do Guará (em quarto lugar).
No dia 25 de maio de 1985, foi eleito Vice-Presidente da Associação de Futebol de Mesa de Brasília, que passou a ter como presidente Paulo Caruso.
Foi 20º colocado na Taça Brasília (disputada por 36 técnicos).
A Associação paralisou novamente suas atividades e Márcio jogou o Brasiliense Interclubes pela A.R.C.O., na equipe formada ainda por Antônio Carlos Pimentel, Renato Rocha e Roberval de Paula.
De 1 a 3 de novembro de 1985, participou, pela primeira vez, de um Campeonato Brasileiro Individual, competição realizada no Tupi, de Juiz de Fora (MG). Ficou em 25º lugar na classificação geral, num total de 42 técnicos, ficando à frente de grandes técnicos, tais como José Pires (a quem venceu por 1 x 0), Sibelius Bernardes e Carlos Antônio Miranda, ambos de Juiz de Fora.
Foi o oitavo colocado no Ranking da FBFM em 1985.
Em 1986, seu último ano de atividades no futebol de mesa brasiliense, Márcio venceu o V Campeonato Interno do Guará e foi segundo colocado no ranking anual da FBFM.
Abandonou o futebol de mesa de vez em 1988, por ocasião da Assembleia Nacional Constituinte, porque era funcionário da Câmara dos Deputados e convocado regularmente para trabalhar em Sessões Plenárias que acabavam muito tarde.
Márcio se aposentou em 1996, ano em que também se mudou para Goiânia (GO), onde se encontra hoje.


Márcio e Adolpho

REGISTRO:

Adolpho Parente, botonista de Brasília e técnico do Cavalo de Tróia, também da regra 3 Toques, é filho de Márcio, com quem deu suas primeiras palhetadas. Hoje em dia é um dos maiores jogadores dessa regra.
No ano de 2017, Márcio precisou fazer uma cirurgia, para trocar a válvula do coração, momento de muita tensão! Após o êxito dessa cirurgia, Adolpho pediu a ele que escalasse um time do Fluminense (time de coração do Márcio) e fez uma encomenda especial ao fabricante Daiam, para homenageá-lo, com alguns jogadores que Adolpho nem conheceu, como Flávio e Cafuringa. No dia 29 de setembro de 2018, na AABB-Brasília, colocou esse time na mesa e venceu o Campeonato Brasileiro, competição interna da federação do DF, de forma invicta. Momentos de grande alegria do filho, por ter conquistado um título especial, e do pai, por ver seu filho jogando com seu time do coração!






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