Por Amauri José Lara
Nascido no coração de Belo Horizonte (MG), no dia 17 de janeiro de 1963, fui
embora ainda criança e levando comigo duas grandes paixões: o GALÃO (Atlético
Mineiro) e o Futebol de Mesa (jogo de botão).
Minha história com o futebol de botão ou de mesa começou em 1971, com minhas
primeiras palhetadas no chão da cozinha e da sala da minha casa e de lá para cá
só viemos somando novos amigos, que, mesmo com tantas tecnologias, não deixaram
essa paixão esfriar.
Em 1972 conheci meu amigo e grande botonista Hermes, que se mudou da W-3 para o
Guará. Seus times eram de vidro de relógio, e isso fez com que todos
buscássemos fazer nossos times com esse material e ir aos relojoeiros tornava-se
uma saga, porque íamos atrás desses preciosos objetos.
No ano de 1974 fui presenteado com um Estrelão e aí foi só alegria, porque jogávamos
e fazíamos campeonatos entre nós. Chegava a ter até 12 participantes e
terminava no mesmo dia. Era uma “fominhagem” que não acabava mais e essa rotina
maravilhosa durou até 1978.
Parei aí e nunca mais joguei botão, mas não esqueci essa paixão e como nossa vida
já vem escrita nas estrelas, numa dessas voltas que o mundo dá, lá estava eu
relembrando o passado com um novo amigo chamado Fraga, numa viagem a Porto de
Galinhas, em 2020, e ele me disse que isso não só era coisa do passado, como
ainda existia até campeonato brasileiro e que tinha 3 regras (dadinho/12 toques
e 3 toques) em Brasília.
Eu meio que perplexo e incrédulo, ao retornar para Brasília entrei em contato
com o Simplício (Simpla) e aí eu marquei com ele na AABB. Fiquei mais
impressionado ainda com a estrutura, recepção e orientação que ele me deu das
regras.
Minha primeira participação em um torneio oficial promovido pela Federação
Brasiliense de Futebol de Mesa foi a Copa DF, realizada em 5 de fevereiro de
2022.
Não fui feliz no sorteio e peguei logo de cara, na minha estreia, o atual
campeão brasileiro individual, o Adolpho, além do André e do Digão. Perdi as
três partidas do meu grupo, mas não estava triste, pelo contrário, a paixão
estava de volta!
Tudo nessa vida não é por acaso, e não é que AGORA, chegando aos 60 anos, voltei
aos tempos e me sinto como se fosse um veterano, porque as amizades que eu fui
fazendo a cada dia com os antigos praticantes só me fez ficar mais motivado e
apaixonado pela arte de jogar futebol de mesa.
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