A Federação Brasiliense de Futebol de Mesa foi convidada a participar da Copa
Comarca de Santo Antônio da Platina, cidade situada no norte do Paraná, que
comemorava 53 anos de existência e, para tanto, promoveria um torneio
interestadual nos dias 22 e 23 de maio de 1982, que reuniu 20 técnicos do
Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, com o apoio
da Prefeitura local e de várias empresas da cidade.
Para lá seguiram cinco botonistas de Brasília, todos numa Caravan: Álvaro
Azevedo, Álvaro Sampaio, Fernando Azevedo, Jan Buarque e José Ricardo Almeida.
Um dia antes do início do torneio, ainda no carro, durante o trajeto
Brasília-Santo Antônio da Platina, Jan soltou essa pérola: se eu jogar com
Mury, vou vencer por 5 x 0, com cinco gols marcados pelo seu número 1959, o
artilheiro do time.
O pessoal não deu muita trela, pois João Paulo Mury era um dos melhores
jogadores da regra dos 3 Toques naquele momento, sempre jogando muito bem
defensivamente, muita paciência para fazer suas jogadas, como o Jan iria
conseguir fazer cinco gols numa defesa tão sólida?
Os técnicos visitantes ficaram hospedados no Hotel Mantovani e, nele, aconteceu
o sorteio para a formação dos quatro grupos da Primeira Fase do torneio.
Quis o destino que, na Chave C, estivessem Jan Buarque e João Paulo Mury, além
de Sérgio Burnier (MG) e Flávio Toledo e Gilson Ferreira (PR).
Foi criada, então, aquela expectativa entre os técnicos brasilienses: como vai
ser o confronto Jan x Mury?
Resultado do jogo entre eles: 0 x 0. Foi a maior gozação para cima do Jan, que
aceitou a brincadeira, sem saber que ainda teria a chance de realizar a sua
“profecia”!
Vida que segue até a fase semifinal, dois grupos de quatro técnicos, com apenas
o primeiro colocado passando para a final do torneio. Mais uma vez o destino
conspirou a favor de Jan Buarque e ele passou a compor uma das chaves com
Álvaro Sampaio, José Ricardo Almeida e... João Paulo Mury!
Nas duas primeiras rodadas, Jan venceu Álvaro (3 x 2), empatou em 2 x 2 com o
José Ricardo e chegou ao último e decisivo jogo, que definiria sua ida à final,
contra Mury.
Foi a oportunidade de aplicar a impressionante goleada prometida de 5 x 1 sobre
Mury, com os cinco gols marcados pelo seu artilheiro, o nº 1959.
Além do resultado surpreendente, o saldo de gols lhe deu a passagem para a
final, onde enfrentou Ronald Nucci, venceu por 1 x 0 e sagrou-se campeão do
torneio.
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