sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

BOTONISTA EM FOCO: Lourival Couto (in memoriam)


Lourival Gomes Couto Sobrinho nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no bairro da Lapa, em 6 de janeiro de 1936.

Começou a jogar botão na varanda do seu quarto, com seus 10 anos, juntamente com seu irmão. Os botões eram de capa e sobretudo, casacões da época. Todo armarinho que passava, dava uma entrada para observar alguns botões que poderiam ser contratados para seu time.

Nesta época, disputou campeonatos na rua onde morava, acompanhando as rodadas do campeonato carioca na íntegra. Foram três campeonatos. O máximo que conseguiu foi um vice-campeonato, representando o Bangu.

Jogava na regra do “leva-leva”, com bola de papel laminado ou de cortiça.

Já como funcionário público aposentado em Brasília, começou na regra dos três toques logo após o Campeonato Brasileiro Interclubes de 1984, disputado no Ginásio da Polícia Militar, na Capital Federal.

Como morava na Asa Norte, Walter Morgado recomendou que procurasse o pessoal do clube Flama, organizado por Ermânio Farias. Isso aconteceu em 17 de fevereiro de 1984.

Sua paixão pelo futebol de mesa era tão grande que logo tratou de adquirir um time e uma mesa oficial e, quando queria bater uma bolinha, a colocava na pequena sala de seu apartamento. Pacientemente, realizava uma verdadeira operação de guerra para tirar vários móveis de seus lugares para que o estádio pudesse ter bola rolando. Surgindo um parceiro, a bolinha de feltro rolava de segunda a sábado. Sua casa passou a ser um ponto de encontro dos botonistas, sempre regado a muita cerveja.

Era chamado de “Marcos Lázaro” do futebol de mesa brasiliense, pois organizava todos os bate-bola/amistosos da semana através de vários telefonemas para diversos botonistas.

Individualmente, sua melhor colocação em grandes torneios em Brasília foi o terceiro lugar na Taça Brasília de 1987.

Por equipes, foi três vezes campeão brasiliense, nos anos de 1988, 1989 e 1994 (o primeiro, pela Associação, e os outros dois com o Cota Mil). Em 1987 conquistou o maior de todos, ao sagrar-se campeão brasileiro interclubes no Rio de Janeiro, defendendo a Associação, juntamente com José Ricardo Almeida e Paulo Caruso.

Nos anos de 1991 e 1992, voltou para o Rio de Janeiro, onde defendeu o Ipanema.

Retornou para Brasília, onde faleceu em 27 de fevereiro de 1997.

Em 2006, a Associação Proletária de Futebol de Mesa-APROFUME resolveu homenageá-lo, promovendo no dia 22 de julho, a 1ª Copa Lourival "Guili" Couto (modalidade Bola 12 Toques), em sua sede no Clube Social Camponeses de Portugal, em Duque de Caxias-RJ.

Jogava com o time Acadêmicos, que estreou em sua mesa, apelidada de “Jemimão”, em homenagem à sua esposa, Jemima, no dia 25 de agosto de 1984, na primeira rodada do Torneio Universitário.

Quanto ao nome do time, buscou inspiração no samba, que tanto apreciava. Na Asa Norte existia a Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte e ele criou o Acadêmicos Futebol de Mesa, optando pelas cores vermelha e branca da agremiação carnavalesca.

A escalação principal do Acadêmicos era formada por parentes: C & A, Lauro e Portela; Baía, Tati e Crema; Márcio, Sidney, Russo, Junior e Kalunga.







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