Alcides Figueira Filho nasceu em São José do Rio Preto (SP), em 2 de janeiro de 1968.
Começou a jogar botão por
volta de 1972, isso mesmo, com quatro anos de idade, com os botões que sobravam
de sua mãe, que era costureira. Por volta dos seus sete anos de idade, seu pai o
presenteou e a seu irmão Carlos Henrique com uma caixinha com seis times de
botão da Gulliver, aqueles de carinhas: Palmeiras, Corinthians, Flamengo,
Fluminense, Atlético Mineiro e Santa Cruz. Logicamente, Alcides tomou posse do
Palmeiras, de Leão, Ademir da Guia, Dudu e Leivinha. E então começaram os
clássicos com seu irmão, jogando num leva-leva, mas procurando recriar o máximo
de regras possível do futebol, como escanteio, impedimento, falta, tiro de
meta, pênalti, entre outros.
Daí para frente a
coleção só foi aumentando. Alcides ia na relojoaria perto de casa para pegar os
celulóides (tampas de relógio) que sobravam. O dinheiro que sobrava era para
aquisição de novos times.
Os primeiros jogos eram
no chão da área de lavar, onde tinha um espaço legal e um chão mais liso;
depois vieram o chão da sala (quadriculado – mais fácil para demarcar), o chão
do quarto e o grande estádio – a mesa da cozinha (palco das grandes finais).
Até que então ganharam uma mesa Estrelão, e com a ajuda de seu pai, que tinha
uma casa de sucos, pegaram caixas de madeira que sobraram e fizeram os
cavaletes e, a partir de então, nunca mais jogaram no chão.
Além dos jogos com seu
irmão e amigos, Alcides também jogava sozinho, fazendo campeonatos e narrando
os jogos. E a paixão só ia aumentando, assim como a coleção, chegando a ter 128
times, entre clubes de futebol e seleções do mundo inteiro, de diversos modelos
e tamanhos, cada um deles devidamente guardados em caixa de retrós que Alcides
pegava de sua mãe, ou do armarinho de onde ela comprava o material para
costura. E o maior divertimento era realizar o campeonato entre todos eles,
sejam em diversas divisões ou regiões, ou até mesmo juntando todos em um grande
campeonato mata-mata, todos devidamente anotados em tabelas, com artilharia,
inclusive. Até hoje, botões, tabelas, Estrelão estão devidamente guardados na
casa de sua mãe, em São José do Rio Preto.
Desde 1985 Alcides
pratica a regra dos 3 toques, após a chegada dela em São José do Rio Preto,
pelas mãos do Francisco Carlos Leal, que neste ano organizou um torneio na
cidade, o que levou seu irmão Carlinhos e seu amigo até hoje, o Aranha, a
fundarem um clube na cidade para a prática da regra 3 toques, que passou a
funcionar na garagem da casa do Aranha, o Criativa Futebol de Mesa.
O primeiro troféu da
hoje grande galeria de Alcides foi no ano de 1986, já na regra 3 Toques. Por
alguns anos, a Prefeitura de São José do Rio Preto organizou a Riopretíades,
uma espécie de miniolimpíada, com os esportes praticados na região. Carlinhos
foi o campeão individual e Alcides ficou com o troféu de terceiro colocado, o seu
primeiro. Logo depois, no torneio de duplas, Alcides e Carlinhos formaram a
dupla campeã.
Depois de ganhar alguns
títulos em São José do Rio Preto, dentre eles um tricampeonato riopretense de
1990 a 1992, um campeonato paulista em 1996, duas Taça da Cidade, 2000 e 2005,
uma Supercopa em 2004 e uma Copa América em 2005, além de disputar alguns
campeonatos brasileiros pelo Criativa, Rio Preto e Capitão, por questões
profissionais (é funcionário do Banco do Brasil), em 2007 Alcides transferiu-se
para Brasília, passando a fazer parte do quadro de técnicos da AABB local.
Ainda refilado pelo
Capitão, foi convidado a participar da Série Prata da Taça Brasília de 2007,
disputada de 25 de setembro a 6 de novembro. Sua estreia no futebol de mesa
brasiliense foi com o pé, ou melhor dizendo, com a mão direita. Ficou em
segundo lugar no 1º turno, atrás de Ricardo Motta. Venceu o segundo turno e foi
para uma decisão em dois jogos contra Ricardo, ambos realizados no dia 6 de
novembro de 2007. Após dois jogos disputadíssimos, Alcides levou a melhor sobre
Ricardo. No primeiro jogo, o placar não foi movimentado. Já no segundo, Alcides
venceu por 1 x 0, conquistando o título.
Demoraria um pouco para
conquistar outro título de campeão em Brasília (somente em 2011, a sexta edição
da Taça JK e da Copa DF), mas nem por isso desanimou. Em 2012, conquistou o
grande título de sua história, ao integrar a equipe da AABB-Brasília na
conquista do Campeonato Brasileiro Interclubes desse ano, jogando ao lado de
Antônio Carlos Almeida, José Ricardo Almeida, Paulo Caruso e Paulo César Faria.
Em 2014, venceu a 12ª
Copa dos Campeões de Brasília. Em 2016, venceu o Campeonato Brasiliense
Interclubes, competição que voltaria a conquistar no ano seguinte, sempre
defendendo a AABB. Individualmente falando, conquistou pela primeira vez a Taça
Brasília em 2017.
No ano seguinte, 2018,
venceu de novo a Copa DF, o Brasiliense Interclubes e a Copa Centro-Oeste
Individual, da qual se tornou bicampeão em 2019, tudo isso somente para citar
alguns eventos de médio para grande porte.
Aproveitando-se do
trânsito livre que sempre teve entre os botonistas de São José do Rio Preto,
foi convidado a participar do Campeonato Riopretense de 2021, no mês de
novembro, sagrando-se campeão dessa competição pela quarta vez.
Em 2022, dominou
completamente o futebol de mesa 3 Toques em Brasília. Depois de vencer cinco
das onze competições (Brasileirão, Libertadores, Mundial de Clubes, Federation
Cup e Taça Brasília; ficando de fora de apenas uma, a Copa Planalto) promovidas
pela Federação Brasiliense de Futebol de Mesa, foi, pela terceira vez, o
primeiro colocado do Ranking da FBFM.
Praticamente desde
quando começou na regra 3 toques, Alcides tem sido Diretor Técnico nos clubes
por onde passou, procurando promover campeonatos organizados e com qualidade. Para
aqueles que não conhecem, pode até parecer pouco, mas só quem já ocupou tal
cargo sabe o quão trabalhoso é. Também ocupou o cargo de Presidente do Capitão
e tem sido um dos maiores responsáveis por manter a sala da AABB sempre como um
dos melhores locais para se jogar futebol de mesa.
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