Antônio Carlos Caldas e Almeida, também chamado de Toninho, nasceu em Campo
Formoso, na Bahia, no dia 16 de março de 1958.
Começou a jogar botão com sete anos, em Cruz das Almas-BA (cidade onde nasceu o
Eduardo, seu irmão mais novo), juntamente com seus outros dois irmãos, José
Ricardo e André. Isso aconteceu no Natal de 1965, quando Papai Noel os
presenteou com quatro times da Estrela. Eram dois times paulistas, Santos e
Palmeiras, e dois times cariocas, Botafogo e Fluminense. Foi aí que começou a sua
paixão pelo Verdão.
Veio para Brasília (DF), em 1972, e até 1978, só jogou na regra de 1 toque,
antigamente conhecida como “regra baiana”. Na regra dos três toques a partir de
novembro de 1979, quando o pessoal do Rio de Janeiro, liderado pelo Mury, veio
até Brasília para demonstrar como era a então conhecia como “regra carioca”. Depois
dessa visita, nunca mais jogou na regra de um toque.
O futebol de mesa passou a representar muito na vida de Antônio Carlos, pois
lhe deu centenas de novos amigos, o levou para conhecer outros lugares e outras
pessoas. Proporciona até hoje momentos de muita adrenalina e alegria. E, com
certeza contribuiu para a formação do seu caráter.
Seu time é o Verdão, em homenagem a todos os times do Palmeiras que existiram e
os que ele viu jogar. A escolha foi feita ao abrir uma certa caixinha em 1965 e
lá estava o timaço do Palmeiras, a “Academia de Futebol”.
Ao longo de sua carreira teve muitos que o incentivaram a continuar praticando
o futebol de mesa, com destaque para seu irmão José Ricardo, que sempre esteve
ao seu lado, desde a infância até os dias de hoje e sempre o aconselhou e o incentivou
muito. Mas a pessoa responsável por ele e seus irmãos estarem de jogando
futebol de mesa até hoje, foi seu pai, José da Costa e Almeida Neto. Ele deu de
presente de Natal os primeiros times e logo depois fez uma mesa oficial com
cavaletes, que os irmãos carregaram para onde foram (de Cruz das Almas para
Salvador e daí para Brasília.
Seu estilo de jogo vem da “regra baiana”, um toque. Um jogo muito aberto e de
passes longos. E por isso mesmo admira aqueles técnicos com o mesmo estilo, que
jogam e deixam jogar.
Antônio Carlos acha que no futebol de mesa não cabem tristezas, mesmo quando
alguém nos deixa. Algumas decepções com certeza. Perder um jogo por um erro
bobo. Ver técnicos tumultuando os jogos com reclamações e discussões mais
ásperas e às vezes faltando com o respeito que esse esporte merece. Mas as
alegrias são bem maiores, isso faz com que ele jogue até hoje.
A primeira competição oficial que Antônio Carlos disputou na regra dos 3 Toques
foi o Torneio Aberto, em novembro/dezembro de 1979, quando chegou na segunda
colocação, perdendo a final para seu irmão José Ricardo.
No ano seguinte, conquistou a primeira edição da Taça Brasília, campeonato
individual do DF, deixando o mesmo irmão com o vice-campeonato. Para chegar ao
título, fez uma campanha brilhante: nos onze jogos que disputou, venceu nove,
empatou um e perdeu um. No mesmo ano, formando na equipe da UDF, conquistou o
Brasiliense Interclubes, formando dupla com seu irmão José Ricardo.
No ano de 1982, também formando dupla com José Ricardo, conquistou pela
primeira vez para Brasília o título do Campeonato Brasileiro Interclubes,
defendendo as cores da UDF.
Da mesma forma que nosso último “Botonista em Foco”, Paulo Caruso, Antônio
Carlos também é um dos técnicos mais vitoriosos do futebol de mesa brasiliense
e brasileiro. Em sua carreira de 43 anos, foram esses seus principais títulos:
02 Campeonato Brasileiro Interclubes (1981, pela UDF, e 2012, pela AABB);
06 Taça Brasília (1980, 2000, 2010, 2011, 2015 e 2016);
07 Campeonato Brasiliense Interclubes (1981, 1983, 2001, 2008, 2016, 2017 e
2018);
03 Copa Centro-Oeste Interclubes (2005, 2006 e 2009);
02 Copa Centro-Oeste Individual (2015 e 2016);
01 Campeonato Interno da AABB (2017);
31 Challengers;
01 Copa DF (2017);
01 Copa Alvorada (2011);
02 Copa dos Campeões (2011 e 2015);
01 Copa Planalto (2018);
01 Federation Cup (2013);
03 Masters Series (2015 e 2016);
01 Taça Itamarati (2005) e
01 Champions League (2019);
Mesmo tendo ficado afastado das mesas brasilienses nos anos de 1985, 1986,
1998, 2002, 2003 e 2020/2021 (estes por conta da pandemia), Antônio Carlos
totaliza, entre pequenos e grandes torneios oficiais, 67 títulos de campeão.
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