domingo, 12 de março de 2023

CASOS & CAUSOS: terremoto no Guará - 1985




Para inaugurar sua nova mesa, denominada “Pimentão”, localizada em seu apartamento, no Guará, Antônio Carlos Pimentel (Vidigal) promoveu um torneio (chamado Torneio Mônica, em homenagem a sua filha) nos dias 23 e 26 de janeiro de 1985 e que contou com a participação de 9 técnicos: Álvaro Sampaio (All Stars), Antônio Carlos Almeida (Verdão), José Ricardo Almeida (Estrela Solitária), Márcio Parente (Tiradentes), Paulo César Faria (Amigos), Renato Ribeiro (Força Verde), Roberval de Paula (Águia Branca) e Sérgio Motta (Mengole), além do anfitrião.
José Ricardo venceu o torneio, mas o melhor (ou pior!) estava por acontecer!
No triangular final, realizado em 26 de janeiro de 1985, ficaram para a última rodada, a que decidiria o torneio, José Ricardo, que jogava pelo empate, e Roberval de Paula, que tinha de vencer para chegar ao título.
Já havia passado das 22 horas, momento em que deveríamos estar respeitando a “lei do silêncio”.
Como todo jogo contra Roberval, este também estava travado.
Aproximava-se o final do jogo e José Ricardo vencia por 2 x 1.
Eis que, subitamente, já meio que no desespero, relógio correndo, Roberval realiza uma bela buscada de bola na linha de fundo da defesa de José Ricardo, dá o passe para um jogador próximo à meia-lua e a bola vai parar dentro da grande área. No exato momento em que ele comunica que vai chutar a gol, o relógio toca, avisando que o jogo terminara, só permitindo o lance de chute a gol.
José Ricardo posiciona seu goleiro e avisa ao Roberval que pode chutar! Roberval, então, vai se apoiando na mesa, tentando posicionar da melhor forma possível o seu corpo, um tanto quanto avantajado!!! rsrsrs
Ajeita mais um pouquinho e ainda assim não consegue chegar com total apoio no jogador melhor colocado para o chute derradeiro.
Sobe mais um pouco e percebendo que ainda não é a posição ideal, estica-se um pouco mais. Finalmente, pelo menos na cabeça dele, chegou no posicionamento perfeito para o chute que não podia errar e lhe daria o empate.
Foi aí que, no melhor estilo “terremoto”, os cavaletes cederam (eram aqueles com corrente!), a mesa foi despencando e o surpreso e apavorado Roberval descendo junto com ela. Imaginem a cena: alguém tentando segurar em alguma coisa que está descendo e vai levar você junto!
Até hoje estamos na dúvida quem quicou mais, Roberval ou a mesa, ao baterem no chão? Botões espalhados para todos os lados, um susto enorme, um tremendo barulho no silêncio daquela noite.
Ficamos imaginando a reação dos vizinhos do Pimentel. Quantos saíram correndo, achando que o prédio estava caindo! Aqueles que não perguntaram para o Pimentel o que houve naquela noite, jamais vão imaginar que o barulho aconteceu num torneio de futebol de botão!
Depois de verificarem que estava tudo bem com Roberval, logicamente, José Ricardo, Pimentel e o próprio causador do terremoto riram muito daquela situação inusitada!
Depois de refeitos do susto, vira o Roberval para José Ricardo e diz:
- Eu nunca consegui nem empatar com você! Essa era a minha primeira chance.
Foi quando José Ricardo respondeu:
- Coloca na súmula (um caderno que ficava ao lado da mesa) o número do jogador que ia chutar, como se ele tivesse feito o gol! Faz de conta que o resultado foi 2 x 2 e vamos tomar cerveja!


Nenhum comentário:

Postar um comentário