sexta-feira, 13 de julho de 2012

BOTONISTA EM FOCO: Paulão


Paulo Roberto de Holanda Cavalcanti, o Paulão, é natural de Recife (PE), do bairro de Coqueiral, onde nasceu a 9 de outubro de 1951.
Iniciou no futebol de mesa, na época futebol de botão, aos 11 anos, jogando com botões feitos com casca dura de côco, tampa do mostruário de relógio e de chifres de boi. Jogava na regra em que levava a bola até perdê-la, com discos e bolas naturais feito de um planta nativa, chamada vassoura. Os primeiros botões com os quais ele se encantou eram confeccionados de casca dura do côco, feitos a mão. Pareciam torneados. Não vendia por dinheiro nenhum.
A partir de então passou a conviver e a participar de um grupo organizado, que disputava torneios e campeonatos em que os times eram padronizados e confeccionados de chifres de boi, pelos presos da Casa de Detenção, e a regra também era levando até perder a posse da bola.
Quando veio para Brasília, no ano de 1974, passou um longo período sem jogar. Somente nas férias participava, com seu pai e irmãos, de torneios realizados nos finais de semana. Pertence a uma família de botonistas, seu pai era o meu maior incentivador, fabricava botões de acrílico, campos e troféus, organizava torneios e passou a adaptar novas regras com bolas de cortiça e goleiros móveis.
Durante o Challenger de 20 de agosto de 2005, tivemos a boa notícia que mais um botonista estava procurando se filiar a AABB. Era o Paulão que, no mesmo dia, pegou sua proposta de filiação junto a AABB e mandou fazer seu time, o Leão do Norte, em homenagem ao Sport Club do Recife, seu time do coração.
Conhecia um pouco da nova regra, pois antes tinha realizado alguns jogos com Roberval de Paula e o Álvaro Lobo, em Taguatinga.
Demorou um pouco para participar das competições pois, logo depois, no dia 21 de agosto de 2005, ficou impossibilitado de comparecer as reuniões por motivo de um acidente que sofreu, em que ficou com o pé e o braço direito imobilizados.
A primeira competição oficial de que tomou parte aconteceu em 7 de fevereiro de 2006, o 1º Challenger daquele ano, Taça “Lourival Couto”. Não deu muita sorte na separação dos grupos, ficando em um juntamente com Paulo César Faria e Ricardo Motta. Contra Paulo César Faria fez seu primeiro jogo oficial na nova regra, sofrendo uma derrota de 3 x 0. Também perdeu para Ricardo (1 x 0) e ficou em 17º lugar entre 19 participantes.
Pouco tempo depois, demonstrando grande evolução, chegou em 5º lugar no 10º Challenger disputado em 13 de maio de 2006.
No ano de 2007, sagrou-se campeão brasiliense interclubes com a equipe do Planalto, formada também por Adolpho Parente, Eduardo Almeida, Luiz Cláudio Caruso e Tarcízio Dinoá Junior.
Sua melhor participação individual em um torneio aconteceu no ano passado, 2011, quando chegou em 11º lugar no Campeonato Brasileiro Individual (entre 35 participantes), obtendo resultados expressivos, tais como as vitórias sobre Jan (3 x 1), Brunno Gill (2 x 0) e Leco (2 x 1) e os empates com Stumpf (1 x 1) e Marcelo Ferreira (1 x 1).
Militar aposentado, casado, com três filhos, Paulão optou pelo futebol de mesa como hobby porque gosta de futebol e pela semelhança com este esporte, pois lhe proporciona momentos de vibração, emoção e competição. Joga com os botões como se fossem jogadores, vibra com os lances de gol e de defesas espetaculares dos goleiros bem colocados, as palhetadas certeiras e a precisão nos chutes, como também a melhor qualidade nas confecções dos botões com cores e artes que padronizam cada time como verdadeiros clubes.


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