domingo, 12 de fevereiro de 2012

MEU TIME DE BOTÃO: Fiel Mosqueteiro


Quando ainda era vivo (faleceu em 2001), Sérgio Netto não sabia dizer onde teria surgido seu fascínio por espadas e seus espadachins. Ele chegou a praticar esgrima em Curitiba, adorava filmes de aventura e livros de romance de capa e espada, mas não sabia exatamente de onde esta mania surgiu.
Na época do Torneio Rio-Brasília (em novembro de 1979), Sérgio Netto ficou sabendo que no Rio de Janeiro a maioria dos técnicos criava os nomes dos seus times.
Torcedor do Corinthians (cuja torcida é conhecida por Fiel), juntou o útil ao agradável e em 3 de novembro de 1979 criou o FIEL MOSQUETEIRO FUTEBOL DE MESA.
Dando asas à imaginação, resolveu escalar espadachins no seu time de botão nas cores preta e branca (as mesmas do clube paulista).
Criou seu próprio escudo (que não conseguimos encontrar um modelo para copiar) e passou a jogar com atletas da esgrima e de heróis, de bandidos e celerados, de aventureiros e conquistadores, corsários e piratas, poetas e navegantes, cavalheiros e imperadores...
O time “A”, com “calção” preto e “camisa” branca, numeração e nome em preto e escudo era formado pelos goleiros Luke Skywalker (do filme Guerra nas Estrelas) ou Porthos (um dos Mosqueteiros), Athos (outro Mosqueteiro), Peter Pan (dos desenhos de Walt Disney), Touchée (a tartaruguinha dos desenhos animados) e Rochefort (espadachim de confiança do Cardeal Richelieu, no tempo dos Três Mosqueteiros); Aramis (mais um Mosqueteiro), Ali-Babá (o herói de Bagdá) e Zorro (o herói mexicano); Panache (aventureiro e poeta, inimigo de Rochefort), D’Artagnan (o último dos Mosqueteiros) e Francis Drake (o corsário mais famoso da história), este o artilheiro deste time.
Após este time, encomendou mais dois na Stiloplast (loja que trabalhava ou trabalha com acrílico, em Taguatinga), ambos, com “calção” branco e “camisa” branca com uma faixa circular preta e o número e nome em preto.
Uma das escalações tinha: Vanreg (iniciais da esposa Vânia Regina), Bergerac (o Cyrano de Bergerac), De Gaula (o Amadis De Gaula, uma das inspirações fantásticas de Dom Quixote de La Mancha), Sazuki (um samurai famoso) e Essex (Conde de Essex, cujo nome era Róbert de Devereaux); Spinnewyn (espadachim inglês do século XVII), Asterix (herói gaulês de história em quadrinhos) e Scaramouche (o artista de teatro); Saint-Didier (um dos maiores mestres de esgrima em todos os tempos, na França), Conan (do filme do mesmo nome) e René Dougay (pirata francês que veio ao Brasil e se deu mal, na época de Dom Pedro II). O artilheiro desse time era Essex.
A outra escalação era essa:
El Cid (herói espanhol), Prince Valiant (o Príncipe Valente ou Lord de Locksley), Smirnov (espadachim russo que morreu em 1978, numa Olimpíada, num acidente quando em jogo com Mathias Behr, da Alemanha), Cellini (aventureiro e poeta italiano) e Peyracq (famoso aventureiro da série cinematográfica “Angélica”); Fleming (conquistador inglês), El Guerrero (personagem argentino de história em quadrinhos) e De Rocches (inimigo de Robin Hood); Thulsa Doom (inimigo de Conan), Galahad (um dos cavaleiros do Rei Arthur) e Robin Hood (herói mítico inglês de várias versões de filmes).
Sérgio ainda tinha uma imensa relação de espadachins, nomes que seriam colocados em vários outros times que teve, sempre defendendo as cores do Corinthians.

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