segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CASOS & CAUSOS: uma viagem inesquecível!!!



Por Alcides Figueira Filho


Era 31 de março de 1988. Saímos eu, o Marcelo (Aranha) e o Irineu, de ônibus de São José do Rio Preto-SP com destino a Brasília-DF, para o que seria meu primeiro Brasileiro de Futebol de Mesa. Jogaríamos pelo Clube Criativa.
Como todos trabalhavam, viajaríamos à noite (para descansar) e chegaríamos em cima da pinta para jogarmos.
Quando estávamos próximo a Uberlândia-MG, mais ou menos na metade do caminho, o ônibus quebrou, e ficamos parados no meio da estrada esperando socorro. Era madrugada e depois de quase 3 horas parados entramos no primeiro ônibus da mesma viação que passara por lá para podermos seguir viagem. Ao entrar no ônibus o motorista já foi falando que o mesmo estava lotado e que se a gente quisesse teríamos que ir no corredor. Pensamos: não tem jeito mesmo, a gente aproveita se estica e deita.
Pra que! Naquela época a estrada era muito ruim, cheia de buracos, e íamos sentindo todos eles.
Chegamos em Brasília quase com 4 horas de atraso de viagem e já imaginávamos ter perdido uma ou duas partidas por WO.
Quando chegamos na entrada do ginásio Nilson Nelson, local dos jogos, fomos recebidos aos gritos “desçam rápido que vocês vão jogar agora!”. O campeonato estava começando e seria nossa primeira partida.
Mal chegamos, já fomos colocar os times nas mesas, nem deu tempo de tirar a “nhaca” da cara e dos times.
Não podia ser pior, perdi de 5 x 0 para o Éder, da AABB-Caruaru (PE), nem vi a cor da bola (por ironia do destino, num grupo com oito clubes, ficamos na sétima colocação, justamente na frente da AABB-Caruaru).
Depois de mais algumas surras, agora com placares menores, veio o almoço. O pessoal de Brasília tinha contratado “marmitex” para os participantes. Comemos que nem loucos, e depois daquele “pratinho” fomos para arquibancada para descansar um pouco. Tiveram que acordar a gente porque o cansaço era tanto que, depois de tudo isso, até a arquibancada estava macia.


TOQUE DE CLASSE: o lado prazeroso de nossas vidas



Por Antônio Carlos Pimentel

Nós, seres humanos do século XXI, somos massacrados pelo poder nocivo dos bens materiais. Às vezes tentamos justificar a nossa busca desenfreada em adquiri-los. Nos comportamos como verdadeiras máquinas, tentando a todo custo a busca incessante de um futuro melhor e mais promissor para nossos filhos e netos.
Trabalhamos de sol a sol em busca de uma condição financeira que nos permita uma aposentadoria tranqüila, para curti-los, viajar, trocar de carro, comprar um imóvel a beira da praia ou até mesmo em Caldas Novas.
Nesta busca obsessiva, esquecemos valores e prazeres que até pouco tempo não abríamos mão.
Lembro-me de uma crônica do Alexandre Garcia (particularmente, não gosto do seu estilo arrogante de comportar-se na telinha, mas para esta tirei o chapéu), em que ele comentava sobre o prazer de voar sempre na janela do avião para curtir o céu e as nuvens que se formavam ao seu redor.
Embarcava sempre grudado à janela. Com o tempo, a agenda lotada e a correria de uma cidade para outra, passou a sentar-se na poltrona do corredor para ser um dos primeiros a desembarcar.
E assim foi durante a maior parte de sua correria como repórter: sempre no corredor para desembarcar primeiro. Um belo dia, por ironia do destino, depois de anos sentados no corredor, foi obrigado a embarcar em um vôo cujo único lugar disponível era na janela.
Tentou de todas as formas negociar a troca, mas como não conseguiu o seu intento. Resolveu arriscar ficar grudado na janela do avião. Diz ele, que esta viagem foi uma das mais prazerosas de sua vida! “Nunca tinha reparado o céu tão azul, as nuvens branquinhas toldando o sol e, quando a nave sobrevoou o Atlântico, o mar parecia um lençol azul de cristais sob os seus pés".
No último sábado, 28 de janeiro de 2012, entrei no avião, conversei com todos, matei saudades e depois sentei-me a mesa, perto da janela, para molhar a palavra na espuma de uma cerveja bem gelada e reviver os momentos prazerosos de minha vida. Tomara que este ano a minha agenda não atrapalhe este convívio e que eu possa sentar-me à janela, ignorar o corredor dos meus compromissos e acreditar que devemos aproveitar intensamente cada momento e cada minuto de nossas vidas como se eles fossem os últimos e únicos!
Obrigado por mais esta oportunidade e a certeza que a minha acolhida é uma das razões que me levam a esta reflexão. Com certeza, problemas surgirão, mas tentarei superá-los para não perder esta oportunidade de "sentar-me à janela..."
Quanto ao PANGARÉ/2012, estou entrando com um recurso junto ao Tribunal de Justiça Desportiva, tendo em vista que nosso tricampeão Roberto Pessoa não apareceu para a entrega do prêmio ao grande campeão Bruno.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PODIUM: os três primeiros colocados do Brasiliense Interclubes - 1980 a 2008




O Campeonato Brasiliense Interclubes sempre foi uma das maiores competições promovidas pela Federação Brasiliense de Futebol de Mesa.
Principalmente de 1980 a 1994, quando a maioria dos clubes tinha sua própria sede e a busca pelo primeiro lugar, em jogos de ida e volta, era bastante acirrada!
Com o passar do tempo, alguns clubes foram sendo desativados e, com isso, aqueles técnicos que queriam continuar jogando botão passaram a integrar as agremiações que continuavam com o futebol de mesa entre suas modalidades esportivas.
Hoje, isso não existe mais! De 2001 até os dias de hoje só temos a AABB em atividade.
Algumas tentativas de divisões internas, tais como Planalto e Brasília, AABB-1 e 2, não vingaram e a rivalidade, mola mestra de qualquer modalidade esportiva, deixou de existir.
O último ano em que o Brasiliense Interclubes foi realizado foi em 2008.
Estes foram os três primeiros colocados de todas as edições do Campeonato Brasiliense Interclubes:

ANO

1980

SERRANO (Hamilson Moncaio, Jan Buarque, Jean Buarque Jr., Paulo Nader e San Tiago Gusmão)

UDF (Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, Guairacá Nunes, João Resende, José Ricardo Almeida e Paulo Caruso)

ASSOCIAÇÃO (Agrício Braga Filho, Antônio Carlos Morgado, Gilberto Moura, Rubens Murga e Walter Morgado)

1981

UDF (Antônio Carlos Almeida e José Ricardo Almeida)

ASSOCIAÇÃO (Antônio Carlos Morgado, Gilberto Moura e Walter Morgado)

CEUB (Cícero Barros e Sérgio Netto)

1982

SERRANO (Jan Buarque, Jean Buarque Jr., Paulo Nader e San Tiago Gusmão) 

UDF (Antônio Carlos Almeida, João Resende, José Ricardo Almeida, Paulo Caruso e Orly Urach)

ASSOCIAÇÃO (Antônio Carlos Morgado, Gaspar Vianna, Gilberto Moura, Márcio Parente e Walter Morgado)

1983

UDF (Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, João Resende, José Ricardo Almeida, Luiz Cláudio Caruso e Paulo Caruso)

ASSOCIAÇÃO (Antônio Carlos Morgado, José Carlos Libório, Marcelo Bonfim, Márcio Parente e Walter Morgado)

ALFA (Álvaro Azevedo, Álvaro Sampaio, Fernando Azevedo, Paulo César Faria e Sérgio Motta)

1984

SERRANO (Jan Buarque, Luiz Gomes, San Tiago Gusmão, Sérgio Gusmão e Valter Souza)

ASBAC (Álvaro Sampaio, José Carlos Libório, Marcelo Bonfim, Paulo César Faria e Sérgio Motta)

LIBERAL (Jean Buarque Jr., Lourival Couto, Pedro Luís, Roberval de Paula e Walter Morgado)

1985

LEÃOZINHO (Anderson César Farias, José Neto, Paulo Nader e Sinval Gusmão)

SERRANO (Dilson Medeiros, Jan Buarque, San Tiago Gusmão e Sérgio Gusmão)

ASA NORTE (José Carlos Libório, Paulo César Faria e Sérgio Motta)

1988

ASSOCIAÇÃO (José Ricardo Almeida, Lourival Couto, Paulo Caruso, Sérgio Motta e Walter Morgado)

PLANALTO (Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, Luiz Cláudio Caruso e Miguel Sousa)

ASA NORTE (Álvaro Sampaio, Marcelo Silva, Mauro Moura, Paulo César Faria e Walber Salazar)

1989

COTA MIL (José Ricardo Almeida, Lourival Couto, Paulo Caruso e Paulo César Faria)

ASCADE (Antônio Carlos Almeida, Mauro Moura, Walber Salazar e Walter Morgado)

ASBAC (Álvaro Sampaio, Eduardo Almeida, José Carlos Libório e Sérgio Motta)

1990

COTA MIL (José Ricardo Almeida, Paulo Caruso e Paulo César Faria)

ASCADE (Admilson Nere, Antônio Carlos Almeida, Antônio Carlos Morgado, Mauro Moura, Walber Salazar e Walter Morgado)

ASBAC (Álvaro Sampaio, Eduardo Almeida, Miguel Sousa e Sérgio Motta)

1991

ASBAC (Álvaro Sampaio, Eduardo Almeida, Roberto Pessoa, Sérgio Burnier e Sérgio Motta)

COTA MIL (Jan Buarque, José Ricardo Almeida, Marcelo Silva, Paulo César Faria e Sérgio Gusmão)

ASCADE (Antônio Carlos Almeida, Walber Salazar e Walter Morgado)

1992

COTA MIL (Jan Buarque, José Ricardo Almeida, Paulo Caruso e Paulo César Faria)

PLANALTO (Antônio Carlos Almeida, Marcelo Silva e Sérgio Gusmão)

AABB (Álvaro Sampaio, José Carlos Libório, Sérgio Burnier e Sérgio Motta)

1993

COTA MIL (José Ricardo Almeida, Mauro Moura, Paulo César Faria e Walter Morgado)

AABB (Álvaro Sampaio, Jan Buarque, Lourival Couto e Sérgio Motta)

PLANALTO (Antônio Carlos Almeida, Luiz Cláudio Caruso, Miguel Sousa e Sérgio Gusmão)

1994

COTA MIL (José Ricardo Almeida, Lourival Couto, Mauro Moura e Paulo César Faria) 

AABB (Antônio Carlos Almeida, Álvaro Sampaio, Jan Buarque, Sérgio Motta e Walter Morgado)

ARCO (Antônio Carlos Pimentel, Eduardo Farias, Ermânio Farias e Paulo César Carneiro)

2001

AABB-2 (Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, José Ricardo Almeida, Paulo Caruso e Paulo César Faria)

AABB-1 (Álvaro Sampaio, Antônio Carlos Pimentel, Luiz Cláudio Caruso, Sérgio Motta e Tarcízio Dinoá Junior)

AABB-3 (José Paulo Neto, Marcelo Motta, Ricardo Motta, Roberto Pessoa e Rodrigo Caruso)

2006

PLANALTO (Eduardo Almeida, Jan Buarque, Ricardo Motta e Tarcízio Dinoá Junior)

AABB (Antônio Carlos Almeida, José Ricardo Almeida, Marcelo Motta, Mauro Moura, Paulo Caruso, Paulo César Faria e Sérgio Motta)

OLYMPICO (Francisco Régis, Jorge Dias, Leonardo Brandão e Marcos Mendes)

2007

PLANALTO (Adolpho Parente, Eduardo Almeida, Luiz Cláudio Caruso, Paulo Roberto Holanda e Tarcízio Dinoá Junior)

AABB (Antônio Carlos Almeida, Paulo César Faria, Rodrigo Caruso e Sérgio Motta)

OLYMPICO (Admilson Nere, Iago, Jorge Dias, Leonardo Brandão e Marcos Mendes)

2008

AABB-1 (Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, José Ricardo Almeida, Paulo César Faria e Tarcízio Dinoá Junior)

AABB-2 (Adolpho Parente, Jan Buarque, Luiz Cláudio Caruso e Paulo Caruso)

AABB-3 (Alcides Figueira Filho, Leonardo Brandão, Luciano Sampaio, Marcos Mendes e Sérgio Motta)



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

TÚNEL DO TEMPO: O 1º CAMPEONATO INTERNO DA UDF


Com a presença de 11 técnicos: André Fernando Almeida (Santos), Antônio Carlos Almeida (Palmeiras), Antônio Resende (Grêmio), Eduardo Almeida (Botafogo), João Resende (Flamengo), José Ricardo Almeida (Internacional), José Silvano (São Paulo), Márcio Da Rós (Fluminense), Ranieri Silvano (Vasco da Gama), Rossini Nascimento (América) e Sérgio Netto (Corinthians), foi iniciado no dia 30 de setembro de 1979 o 1º campeonato de futebol de mesa do Clube Recreativo de Esportes de Mesa - CREM/UDF, em disputa do Troféu “Resende Ribeiro de Resende”.
A regra utilizada foi a de um toque, mais conhecida como “baiana”.
A fase classificatória contou com 55 jogos e 114 gols e apresentou a seguinte classificação final: 1º José Ricardo, 17 pontos ganhos; 2º João Resende, 14; 3º Eduardo, 14; 4º Antônio Carlos, 11; 5º Rossini, 11; 6º André Fernando, 11; 7º Antônio Resende, 9; 8º Márcio, 8; 9º José Silvano, 8; 10º Sérgio, 4 e 11º Ranieri, 3.
Foram classificados para a Fase Final, disputada no dia 11 de novembro de 1979, os quatro primeiros colocados. Os resultados foram os seguintes: José Ricardo 2 x 0 João Resende, Antônio Carlos 2 x 0 Eduardo, João Resende 1 x 1 Eduardo, José Ricardo 2 x 0 Antônio Carlos, Antônio Carlos 0 x 0 João Resende e José Ricardo 2 x 0 Eduardo.
A classificação final foi a seguinte: Campeão (invicto) – José Ricardo Almeida (Internacional), Vice-Campeão – Antônio Carlos Almeida (Palmeiras), 3º lugar – João Resende (Flamengo);  4º Eduardo Almeida (Botafogo); 5º Rossini Nascimento (América); 6º André Fernando Almeida (Santos); 7º Antônio Resende (Grêmio); 8º Márcio Da Rós (Fluminense); 9º José Silvano (São Paulo); 10º Sérgio Netto (Corinthians) e 11º Ranieri Silvano (Vasco da Gama).
O ataque mais positivo foi o do Internacional, com 30 gols. O Internacional também teve a defesa menos vazada, com apenas 3 gols.
A revelação do campeonato foi Eduardo Almeida, que tinha apenas 10 anos e chegou em 4º lugar.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TÚNEL DO TEMPO: SURGE A FEDERAÇÃO BRASILIENSE DE FUTEBOL DE MESA


O movimento pró-fundação da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa teve seu ponto culminante por ocasião da realização do Torneio Rio-Brasília, nos dias 1, 2 e 3 de novembro de 1979, em Brasília, mais precisamente na sala 59 da AEUDF-Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal.
O apoio da imprensa falada e escrita (principalmente o Jornal de Brasília) ao torneio interestadual proporcionou uma grande afluência de interessados em saber como fazer parte do movimento para a criação da F.B.F.M. A assistência ao encontro entre cariocas e brasilienses foi muito grande e dela faziam parte alguns interessados em criarem os seus clubes, tais como Gaspar Vianna (que fundaria a Telestar), Paulo Sérgio Nader (Serrano) e também o renascimento da Associação de Futebol de Mesa de Brasília (Walter Morgado). Já existiam o CBC-Ceub (liderado por Sérgio Netto e Márcio Da Rós) e o CREM-UDF (que tinha à frente João Resende e José Ricardo Almeida).
Com uma reunião de cerca de duas horas, que teve como local o Riviera Hotel, no Setor Hoteleiro Sul, e contou com a presença do Presidente da Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro, João Paulo Mury, e de alguns botonistas de Brasília (José Ricardo Almeida, Márcio Da Rós e Sérgio Netto), a Federação Brasiliense de Futebol de Mesa foi fundada oficiosamente no dia 3 de novembro de 1979, vindo a concretizar um velho sonho dos botonistas de Brasília.
Com a criação da Federação, conseguiu-se acabar com um antigo problema: a regra utilizada. Existiam clubes e técnicos que promoviam torneios internos, cada um com sua própria regra. A Federação procurou uniformizar a regra de tal forma que conseguiu atender às necessidades de todos os praticantes.
No dia 11 do mesmo mês, visando a homologação dessa Federação, foram realizadas eleições para se conhecer os membros componentes de sua primeira Diretoria, que ficou assim constituída:
Presidente: Márcio Luiz Da Rós;
Vice-Presidente: José Maria Silvano;
Secretário-Geral e Diretor de Relações Públicas: José Ricardo Almeida;
Diretor Técnico: Sérgio Netto;
Diretor de Patrimônio: João Resende;
Tesoureiro: Cícero Barros e
Assessor Jurídico: Gaspar Vianna.


sábado, 7 de janeiro de 2012

FÉRIAS!



ESTE BLOG FICARÁ SEM ATUALIZAÇÃO NO PERÍODO DE 8 A 18 DE JANEIRO DE 2012, POIS ESTAREI EM ARACAJU (SE), CURTINDO MINHAS MERECIDAS FÉRIAS!
QUANDO RETORNAR, A GENTE CONTINUA NA LUTA!
GRANDE ABRAÇO A TODOS.
JOSÉ RICARDO CALDAS E ALMEIDA

DICAS: CUIDADOS COM SEU TIME


Por Paulo Sérgio Lahoz Audician, o Farinha, botonista de São Paulo


Uma coisa que não admito é time meu prender ou estar riscado. Botão tem que voar baixo, como na Fórmula 1. Quanto melhor tratado, melhor será a recompensa para o nosso dia-a-dia botonístico. Um botão bem cuidado lhe proporciona o prazer de chutar de onde você prefere, ou melhor, chutar do local que você quiser. Isso não é lindo!
Primeiro, vamos falar sobre os times já desgastados pelo tempo, com riscos na parte de cima e debaixo. O que fazer para deixá-los semi-novos:

1º passo – Sugiro que você vá ao mercado e compre “Silvo” ou “Brasso” (limpa prata);
2º passo – Pegue uma madeira de um tamanho mínimo de 10 x 20 cm e revista a parte de cima da madeira com uma flanela (utilize pregos para deixá-la firme na madeira);
3º passo – Passe o limpa prata na madeirinha e comece a limpar seus times, da mesma maneira como você os limpa para jogar, mas acrescente um pouco de pressão e força;
4º passo – Depois, lave os jogadores. Pronto, time em condições boas para uso.

Agora, vamos ao que interessa: como fazer para o time andar nas mesas, ou melhor, voar baixo.
Nestes quase dez anos de botão ouvi falar em muitos produtos. Utilizei vários para experimentar, mas hoje tenho as minhas preferências.

Vou contar, rapidamente, minha história junto aos produtos de limpeza, para limpar meus times.
No começo, de meados de 1996 até 1999, utilizei a cera para automóveis “Grand Prix Metálica”. Essa fazia os botões voarem, mas o material foi retirado das prateleiras. Então, tive que buscar alternativas.
No ano 2000, comprei a fantástica solução do “AURI”, outro composto para limpar automóveis (acredito que era para encerar também). Esse foi simplesmente fantástico, ele fazia os botões voarem. Duraram quase três anos os dois potes branquinhos que comprei, mesmo com os pidões, coisa e tal. O “Auri”, uma solução fantástica para os botões “correrem” na mesa, não era eficaz para a parte de cima dos botões. Com isso, comecei a utilizar lustra-móveis “Poliflor”, de tampa azul. Muito bom.
Em 2004, meu “Auri” já não restava nem cheiro e a galera do meio botonístico, se não me engano, na cidade de Socorro (SP), foi descoberto o “Reparador de Pontas de Cabelo”, produto que utilizo hoje para a parte de baixo. Em cima permaneço utilizando lustra móveis.

Se eu fosse montar minhas flanelas hoje, faria o seguinte:

1º passo – COMPRAS

Comprar 4 flanelas de algodão a escolha, 1 lustra móveis da “Poliflor” com mel (um amarelinho, espetacular) para limpar em cima e um reparador de pontas de cabelo, dos mais vagabundos (com muito silicone).

2º passo – MONTAR SEU KIT

Duas flanelas ficam como “tira excesso” dos produtos que forem utilizados nos botões. Importante ter essas flanelas.
Uma flanela para os lustra móveis, essa é a mais fácil, basta encharcar de lustra móveis e deixar no sol (apenas a primeira vez). Depois, você passa o suficiente para ficar um pouquinho úmido.
A flanela para o reparador, essa é mais difícil, requer, às vezes, um ou dois meses para ficar espetacular. É preciso um pouco de persistência: a primeira vez você deve molhar 1/3 da flanela com reparador. Após secar, peque um ou dois botões e limpe-os uma vez por dia (depois de limpar o botão, tire o excesso), até você sentir que ela não está prendendo muito o botão e que ele escorregue facilmente pela flanela. Repita esse procedimento duas ou três vezes e pronto. Flanela campeã!

Bom, espero que com esses truques você consiga fazer seus times voarem, caso ainda não tenham asas!
E para os amigos pidões, sigam os passos e montem a de VOCÊS... rsrsrsrsrs



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

JOGOS INESQUECÍVEIS: um dia de muita inspiração!!!


Por Roberto Pessoa

Meu jogo inesquecível aconteceu no dia 12 de março de 2008, durante a realização de um torneio “Sábado Livre”.
Uma rodada antes desse jogo, atuando com o Real Madrid, tinha vencido o Mengole (Sérgio Motta), por 3 x 2.
Foi quando escutei uma voz, dizendo: “Venha que eu vou vingar o meu amigo Motta”. Era o Paulo César, técnico do Amigos, um dos maiores botonistas do Brasil em todos os tempos.
Só que ele não esperava pelo que estava para acontecer!
Com 10 minutos de jogo, o placar estava 2 x 0 a meu favor, gols dos números 7 e 14.
Num lance magistral, saiu o terceiro gol do Real Madrid, um golaço do número 11. Com o placar de 3 x 0, terminou o primeiro tempo.
No intervalo, Paulo César vai até a barraquinha da Tia Maura e pede um caldo de feijão e uma latinha de cerveja. No caldo, ele pede para ser colocada muita pimenta.
Antes de começar o segundo tempo, Paulo César vira para mim e diz:
- Agora você vai ver, estou “fervendo”. Vou virar esse jogo!
Aos 8 minutos do segundo tempo, Paulo César arma uma jogada e marca o seu gol, que seria seu único no jogo. Logo na saída de jogo, ao tentar passar a bola para minha defesa, Paulo César faz uma falta, que viria a ser o meu quarto gol, novamente marcado pelo número 7.
Paulo César, então, passou a perder muitos gols. Aos 14 minutos, surgiu o meu quinto gol, marcado pelo número 10.
Não demorou muito e cheguei ao sexto gol, o terceiro marcado pelo número 7.
O sétimo e último gol foi marcado pelo número 8. Resultado final: Real Madrid 7 x 1 Amigos.
Foi um jogo inesquecível!

Obs.: coloquei mais alguns “detalhes” no texto original, esquecidos pelo autor, pois falamos deste jogo na última terça-feira, dia 3 de janeiro, no Armazém do Brás.


BAZAR: FABRICANTES DE TIMES DE BOTÃO





Esta seção está destinada aos botonistas que quiserem comprar, vender ou trocar times.
Também divulgaremos os nomes dos fabricantes de times de botão, de maletas e de mesas.
Ficaremos conhecendo sites e blogs de artes de botões.
Enfim, o que for relacionado ao “negócio” futebol de mesa, tentaremos apresentar nessa seção.
Logicamente estaremos sujeitos a esquecer alguns ou mesmo não conhecer outros. Após as postagens, quem tiver alguma coisa a acrescentar ou a corrigir, favor faça isso e envie para o nosso blog que providenciaremos as devidas atualizações.

Começamos com uma lista de fabricantes de times.
Esse levantamento foi feito pelo Francisco José, de Goiânia (GO), em agosto de 2010. Estou repassando para o conhecimento dos amigos botonistas. Algumas páginas não abriram! Quem souber os novos endereços destas, favor avisar.

1. Lorival “Lima Botões” (Socorro/SP)
Tel.: (19) 3895-1693
12 Toques
 
2. Ivan Ribeiro “Botões Guarani” (Rio Grande/RS)
Tel.: (53) 3233-9129
ivanribeiro@yahoo.com
http://www.botoesguarani.site.com.br
Rua D.Pedro I, 452 - Bairro Cidade Nova, Rio Grande/RS
CEP: 96511260
Botões em Palaton para todas as regras
 
3. José Praça (RJ)
Tel.: (21) 2288-2723 / 9952-6749
ajpraca@ig.com.br
Dadinho

4. Adriano Moutinho (RJ)
Tel.: (21) 3298-2007 / 9313-2288
Dadinho / Pastilha / 3 Toques
 
5. Alexandre Tavares (RJ)
Tel.: (21) 7826-5261
Dadinho
 
6. Marcos Azevedo (Pelotas/RS)
Tel.: (53) 3228-6072
1 Toque/ Dadinho
 
7. Gesini Futmesa (Atibaia/SP)
Tel.: (11) 4412-0008 / 4411-6611
http://www.gesini.com.br
vendasfutebol@gesini.com.br
12 Toques / 3 Toques
 
8. MIMO Bazar (Porto Alegre/RS)
Tel.: (51) 3228-3651 / 3227-4319
R. Cel. Fernando Machado, 568 – Porto Alegre/RS
1 Toque / Dadinho
 
9. Armando Pexe “Botões Pexe” (São Mateus/SP)
Tel.: (11) 2731-3004
Rua Geraldo Cubas, 137 São Mateus/SP CEP:08341-100
http://www.botoespexe.com.br
botoespexe@yahoo.com.br
12 Toques / 3 Toques / Pastilha
 
10. Gerson de Oliveira (Porto Alegre/RS)
Tel.: (51).3269-0346
g.botões@ig.com.br
Material base preto
1 Toque / Dadinho
 
11. Marcelino Toscano “Edu Botões” (São Paulo/SP)
Tel.: (11) 3735-6503
http://www.edubotoes.com.br
edubotoes@uol.com.br
R. Armando Alves Nogueira, 35 Butantã/SP
12 Toques / 3 Toques
 
12. Élcio “Botões Temp” (São Paulo/SP)
Tel.: (11) 5181-7189
R. Fernandes Moreira, 786 – Santo Amaro/SP
http://www.tempsports.com.br
comercial@tempsports.com.br
12 Toques / 3 Toques
 
13. Reinaldo “Bola e Botão” (Rio de Janeiro/RJ)
Tel.: (21) 9958-8065 (entre 19:30 e 21:30 h)
reynaldo@bolaebotao.com.br
12 Toques
 
14. Hamilton “Botão e Palheta” (Rio de Janeiro/RJ)
Tel.: (21) 2288-2929
Rua Barão de Mesquita, 615 – Bairro Andaraí/Rio de Janeiro/RJ CEP:20.540-001
parragarj@hotmail.com
Dadinho
Compra, venda e troca de botões antigos e novos
 
15. Samuel Botões (RJ)
Tel.: (21) 8308-1323
http://www.samuelbotoes.com.br
atendimento@samuelbotoes.com.br
R. Teodoro da Silva, 255 (fundos) - Vila Isabel - Rio de Janeiro/RJ
Dadinho
 
16. Frandian Botões” (Petrópolis/RJ)
Tel.: (24) 2231-6045
Botões encontrados nas lojas Centauro
http://www.frandianbotoes.com.br
frandian@frandianbotoes.com.br
12 Toques / 3 Toques / Dadinho
 
17. Rodolfo “Point do Botão” (Rio de Janeiro/RJ)
Tel.: (21) 3083-1920 / 7851-2713
Quiosque no 2º andar do Shopping Center Méier/RJ
http://www.pointdobotao.com.br

18. Futebol de Botão (SP)
Tel.: (11) 2362-7594 / 9290-1197
R. Pitangueiras, 62 Sala 1 – S.Paulo/SP CEP: 04052-020
http://www.futeboldebotao.com.br
vendasfuteboldebotao@com.br
12 Toques / 3 Toques / 1 Toque

19. Roberto Rodrigues
Rua Luciana Rosa, nº 100 - Solo Sagrado
15.044-270- São José do Rio Preto - SP
Tel: (17) 3237-1410
3 Toques


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

BOTONISTA EM FOCO: Lourival


Lourival Gomes Couto Sobrinho nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no bairro da Lapa, em 6 de janeiro de 1936.
Começou a jogar botão na varanda do seu quarto, com seus 10 anos, juntamente com seu irmão. Os botões eram de capa e sobretudo, casacões da época. Todo armarinho que passava, dava uma entrada para observar alguns botões que poderiam ser contratados para seu time.
Nesta época, disputou campeonatos na rua onde morava, acompanhando as rodadas do campeonato carioca na íntegra. Foram três campeonatos. O máximo que conseguiu foi um vice-campeonato, representando o Bangu.
Jogava na regra do “leva-leva”, com bola de papel laminado ou de cortiça.
Já como funcionário público aposentado em Brasília, começou na regra dos três toques logo após o Campeonato Brasileiro Interclubes de 1984, disputado no Ginásio da Polícia Militar, na Capital Federal. 
Como morava na Asa Norte, Walter Morgado recomendou que procurasse o pessoal do clube Flama, organizado por Ermânio Farias. Isso aconteceu em 17 de fevereiro de 1984.
Sua paixão pelo futebol de mesa era tão grande que logo tratou de adquirir uma mesa oficial e, quando queria bater uma bolinha, a colocava na pequena sala de seu apartamento. Pacientemente, realizava uma verdadeira operação de guerra para tirar vários móveis de seus lugares para que o estádio pudesse ter bola rolando. Surgindo um parceiro, a bolinha de feltro rolava de segunda a sábado. Sua casa passou a ser um ponto de encontro dos botonistas, sempre regado a muita cerveja. 
Brincávamos com a sua capacidade de agenciador e o chamávamos de “Marcos Lázaro” do futebol de mesa brasiliense, pois organizava todos os bate-bola da semana através de vários telefonemas para diversos botonistas. 
Individualmente, sua melhor colocação em grandes torneios em Brasília foi o terceiro lugar na Taça Brasília de 1987.
Por equipes, foi três vezes campeão brasiliense, nos anos de 1988, 1989 e 1994 (o primeiro, pela Associação, e os outros dois com o Cota Mil). Em 1987 conquistou o maior de todos, ao sagrar-se campeão brasileiro interclubes no Rio de Janeiro, defendendo a Associação, juntamente com José Ricardo Almeida e Paulo Caruso.
Nos anos de 1991 e 1992, voltou para o Rio de Janeiro, onde defendeu o Ipanema. Retornou para Brasília, onde faleceu em 1997.
Em 2006, a Associação Proletária de Futebol de Mesa-APROFUME resolveu homenageá-lo, promovendo no dia 22 de julho, a 1ª Copa Lourival "Guili" Couto (modalidade Bola 12 Toques), em sua sede no Clube Social Camponeses de Portugal, em Duque de Caxias-RJ.


MEU TIME DE BOTÃO: Parnaso



O Parnaso Futebol de Mesa foi fundado em 15 de dezembro de 2003, tendo como padrinho o botonista José Paulo Neto, através do qual, chegou até nós o seu técnico, o poeta Domingos Pereira Netto (esclarecendo: o Netto é mera coincidência).
Surgiu com o nome de Brasília, logo modificado, em razão do Clube Brasília Futebol de Mesa.
Suas cores predominantes são o azul, o amarelo e o preto, e ostenta em seu escudo uma águia voando contra o sol, numa alegoria presente na mitologia grega, que via na ave o mensageiro dos poetas.
O time é composto por duas equipes, sendo o time A formado apenas por poetas brasileiros e, o time B, por poetas estrangeiros, liderados por Homero, que acordou de um sono de quase três mil anos para assumir a posição de goleiro titular, apesar de cego, como podemos ver na belíssima arte criada por Tarcízio Dinoá e fielmente transformada em peça pelo artista Roberto Rodrigues.
Sua escalação é a seguinte:
Time A: Augusto dos Anjos, Murilo Mendes, Jorge de Lima, Mário Quintana, Thiago de Mello, Moacyr Félix, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes, João Cabral de Melo Neto, Ferreira Gullar e Carlos Drummond de Andrade.
Time B: Homero, Luís de Camões, Fernando Pessoa, Jorge Luis Borges, Pablo Neruda, Frederico Garcia Lorca, Charles Baudelaire, Sthéfane Marllamé, Arthur Rimbaud, Rainer Maria Rilke e Vladimir Maiakóvski. (Na reserva: Dante Alighieri, T.S. Elliot, Paul Verlaine, Edgar Alan Poe, William Shakespeare e Lord Bayro).
O termo Parnaso designa reunião de poetas e vem dos gregos antigos que dedicavam às Musas e a Apolo, o Monte Parnaso, situado na Grécia Central, onde, segundo os quais, ficava a fonte Castália, cujas águas inspiravam os poetas. Também é aceito como morada sagrada dos poetas. O time resultou de uma tentativa de seu técnico de colocar sobre a mesma mesa duas grandes paixões de sua vida: a poesia e os botões.
Por circunstâncias alheias à vontade do técnico, em todos esses anos o Parnaso Futebol de Mesa esteve mais ausente que presente aos torneios disputados em Brasília. Apaixonado pelo futebol de mesa, não sabe dizer quando começará sua escalada do Olimpo.


JOGOS INESQUECÍVEIS: FINAL DA TAÇA BRASÍLIA DE 2002


A final da Taça Brasília de Futebol de Mesa de 2002 foi entre Tarcízio Dinoá Junior, técnico do Centenário (que jogava por dois empates ou saldo de gols igual nos dois jogos previstos) e Paulo César Faria, técnico do Amigos.
Essa final teve desfecho dramático. 
O fator determinante foi o tipo de bola. O regulamento previa que “caso não haja acordo entre as partes, as bolas dos jogos serão sorteadas pelo árbitro”. E assim foi. No primeiro jogo, realizado no dia 14 de dezembro de 2002, com a bola do Paulo César (mais macia e leve), este se aproveitou do fato e goleou Tarcízio por 4 x 1, dando importante passo para a conquista do título. 
Acontece que, no segundo jogo, no dia 17 de dezembro de 2002, com a bola de Tarcízio (mais pesada, conhecida por “coquinho”), este abriu 3 x 0 no placar, além de chutar duas bolas na trave. Esse resultado lhe dava o título de campeão por ter melhor campanha em todo o campeonato.
Já nos acréscimos, faltando cerca de 40 segundos para o final da partida, Paulo César fez uma jogada em branco com a bola na sua lateral, apontando para a defesa de Tarcízio. Seria a última chance de ataque dele. Tarcízio pediu a gol, pensando mais em ganhar tempo da arrumação do goleiro do que propriamente em fazer o gol. Paulo César, usando de sua experiência, nem mexeu no goleiro e falou rapidamente que estava colocado. Depois de o árbitro Rodrigo Caruso (Digão) contar os dez segundos, Tarcízio chutou, cortando a bola na direção do gol de Paulo César. Ela foi devagarzinho e passou pela linha de fundo a uns três dedos da trave. O árbitro anunciou que faltavam 24 segundos. Os times foram arrumados e o árbitro autorizou o tiro-de-meta, passando a contar o tempo. Paulo César bateu o tiro de meta e a bola ficou de frente para o seu ponta-esquerda. Rapidamente, ele deu sua segunda palhetada, protegendo a bola com outro jogador, tudo isso dentro da grande área de Tarcízio. Este, diante do lance inesperado, perguntou quanto tempo faltava. Avisado que era de 19 segundos, percebeu que não dava para tocar na bola, apenas chegar perto para tentar atrapalhar o chute. Quando Tarcízio acabou de palhetar, Paulo César pediu a gol. A bola estava dentro da área, mas o chute ainda assim era difícil. Tarcízio arrumou o goleiro e saiu da área das mesas, ficando de costas para o lance. Quando ouviu um sonoro grito de “gooooooooooool”, entendeu que havia perdido o título de campeão.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

CASOS & CAUSOS: prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém!


Luiz Gomes, técnico do Dragão Vianense, vivia se gabando que nunca havia perdido um jogo por goleada e que o primeiro que realizasse esse feito receberia uma medalha.
Para comprovar sua boa fase, fez boa campanha no I Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa, realizado de 5 a 8 de fevereiro de 1981, em Brasília.
No dia 28 de março de 1981, este tabu foi “atropelado”.
Os jogos foram válidos pela segunda fase da II Copa do Mundo.
Representando o México, Luiz Gomes começou perdendo por 3 x 1 para Luiz Cláudio Caruso (Suíça).
O pior estava por vir: no segundo jogo desse dia, foi massacrado pela Argentina, de Antônio Carlos Morgado, por 9 x 1.
Ainda não refeito do atropelamento, levou outra goleada, desta vez de 5 x 0 para San Tiago Gusmão (Bolívia).
Nada como um dia atrás do outro...


TÚNEL DO TEMPO: A PRIMEIRA TAÇA BRASÍLIA


A I Taça Brasília de Futebol de Mesa foi realizada no período de 16 de agosto a 5 de outubro de 1980 e contou com a participação de 29 técnicos, com jogos em todas as sedes dos clubes filiados à F.B.F.M.
Na primeira fase, os técnicos estiveram assim agrupados:
Grupo A - Local: A.F.M.B.
Agrício Braga Filho (Carranca), Newton Marcos (Náutico), Heráclito Barreto (Colorado), William Dias (Frigoscândia) e Maurício Cavalcante (Lagoa).
Classificados para a Segunda Fase: William Dias, Newton Marcos e Heráclito Barreto.
Grupo B - CREM-UDF
Victor Knapp (Lá Vai Bola), João Resende (Bola Preta), Paulo Souza (Sanguinário), Eduardo Almeida (Squadra Azzurra) e Luiz Cláudio Caruso (Glorioso).
Classificados para a Segunda Fase: João Resende, Eduardo Almeida e Luiz Cláudio Caruso.
Grupo C - Serrano
Paulo Caruso (Santos), Paulo Nader (Selemáquina), Rossini Nascimento (Internacional) e San Tiago Gusmão (Fluminense).
Classificados para a Segunda Fase: Paulo Nader, Paulo Caruso e Rossini Nascimento.
Grupo D - Telestar
José Ricardo Almeida (Estrela Solitária), Vicente Parisi (Periquito), Antônio Carlos Morgado (Arsenal), Marco Oliveira (Colina) e Erivaldo Felipe (Taguatinga). Classificados para a Segunda Fase: Vicente Parisi, Antônio Carlos Morgado e José Ricardo Almeida.
Grupo E - CREM-UDF
Guairacá Nunes (Selefogo), Antônio Carlos Almeida (Verdão), Jan Buarque (Corinthians), Gilberto Moura (Alvi Negro) e Rubens Murga (Cara de Pau). Classificados para a Segunda Fase: Jan Buarque, Rubens Murga e Antônio Carlos Almeida.
Grupo F - Telestar
Gaspar Vianna (Estrela Vermelha), Erol Luiz (Tarântula), Walter Morgado (Dragão Negro), Sinval Gusmão (Águia Rubra) e Luiz Domênico (Palmeiras).
Classificados para a Segunda Fase: Walter Morgado, Luiz Domênico e Gaspar Vianna.
Classificaram-se para a segunda fase os três primeiros colocados de cada grupo.
Na segunda fase, os 18 técnicos classificados foram divididos em 6 grupos:
Grupo G – (1º A) William Dias, (2º F) Antônio Carlos Almeida e (3º E) Luiz Domênico;
Grupo H – (1º B) João Resende, (2º A) Newton Marcos e (3º F) Gaspar Vianna;
Grupo I – (1º C) Paulo Bader, (2º B) Eduardo Almeida e (3º A) Heráclito Barreto;
Grupo J – (1º D) Vicente Parisi, (2º C) Paulo Caruso e (3º B) Victor Knapp;
Grupo K – (1º E) Jan Buarque, (2º D) Antônio Carlos Morgado e (3º C) Rossini Nascimento;
Grupo L – (1º F) Walter Morgado, (2º E) Rubens Murga e (3º D) José Ricardo Almeida.
A tarceira fase foi disputada pelos 12 melhores classificados, que compuseram quatro novos grupos, a saber:
Grupo M – (1º G) Antônio Carlos Almeida, (1º K) Jan Buarque e (2º I) Eduardo Almeida;
Grupo N – (1º H) João Resende, (1º L) José Ricardo Almeida e (2º J) Vicente Parisi;
Grupo O – (1º I) Paulo Nader, (2º G) Luiz Domênico e (2º K) Antônio Carlos Morgado;
Grupo P – (1º J) Paulo Caruso, (2º H) Gaspar Vianna e (2º L) Rubens Murga.
Classificaram-se para o quadrangular final, realizado no dia 5 de outubro de 1980, na UDF, os técnicos Antônio Carlos Almeida, José Ricardo Almeida, Antônio Carlos Morgado e Paulo Caruso.
Na partida que decidiu o torneio, Antônio Carlos Almeida venceu José Ricardo Almeida, por 2 x 1, tornando-se o primeiro vencedor da Taça Brasília.
Foram anotados 265 tentos em 104 jogos, o que resultou numa média de 2,6 gols por partida.
Os botões-artilheiros foram os nºs 10 e 11, do Estrela Solitária, ambos com 7 gols; vieram a seguir, o nº 3 do Arsenal, o nº 11 do Verdão e o nº 9 do Selemáquina, todos com 6. O nº 9 do Palmeiras marcou cinco gols.
Os árbitros que mais atuaram foram: 1º João Resende, 12 vezes; 2º Walter Morgado, 11 e 3º José Ricardo Almeida, 9.


DO FUNDO DO BAÚ: 1º Campeonato Brasileiro Interclubes

Dezoito clubes de seis Estados participaram do 1º Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa, no período de 5 a 8 de fevereiro de 1981, na ASBAC, em Brasília.
Estes foram os primeiros disputados em um Campeonato Brasileiro da regra de três toques.
Para se ter ideia das dificuldades da época, várias firmas comerciais colaboraram para a aquisição dos troféus acima.

Este jogo, válido pelo mesmo campeonato, foi realizado no dia 6 de fevereiro de 1981 e apresentou o seguinte resultado: Roberto Rocha, de azul e branco (Rio-RJ) 3 x 1 José Carlos Mattos, de amarelo (Galaxia Jocamar-AM).
O de vermelho, à direita da foto, foi o árbitro da partida. Sabem quem é ele? Jan Buarque!



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A REGRA É CLARA!




Com Antônio Carlos “César Coelho”

A SAÍDA DE JOGO


A nossa regra é conhecida como "dois-pra-três", o que caracteriza uma jogada-padrão. Se é padrão é porque ocorre ou deveria ocorrer com mais frequência ou normalidade.
No entanto, não é isso que ocorre. Há tantas exceções ou restrições que poderíamos chamá-la de "dois-talvez-três". Devemos sempre trabalhar para acabar com essas exceções, visando facilitar o seu entendimento.
Uma das modificações aprovadas pela Comissão de Regras durante o último Campeonato Brasileiro Individual, em Brasília, já torna melhor o entendimento em relação à saída de jogo. Senão, vejamos!
Até essa reunião, havia uma jogada muito confusa que, graças ao bom senso, foi corrigida. Refiro-me a começar uma partida com uma jogada restrita e uma exceção logo em seguida. Sim porque a saída de jogo, até então, era executada em jogada restrita e você não podia cavar lateral ou tiro de meta, e o que era mais confuso, se você cavasse, intencionalmente ou acidentalmente, reverteria a posse de bola, em lateral ou tiro de meta.
Convenhamos, ficava difícil explicar para algum interessado, que eu dei a saída, cavei o escanteio e o adversário iria bater um tiro de meta. Até teríamos uma outra alternativa: já que não se podia cavar depois da saída de bola, que se repetisse a saída e se anotasse tantas faltas técnicas quantas fossem necessárias.
Mas o que foi aprovado e acho que ficou mais claro foi: caso aconteça de o favorecido com a saída de jogo cavar um lateral ou um escanteio, ele terá direito a uma reposição da bola em jogo. A reversão, para lateral do adversário ou tiro de meta agora acontecerá somente se houver uma nova cavada, de lateral ou escanteio.




PENSAMENTOS & PALAVRAS: Agradecimento de um Botonista





Esse espaço será preenchido com frases, textos, poemas, versos, poesias, mensagens e citações.
Ele está sendo inaugurado com a colaboração de um amigo botonista que não está mais entre nós, Dr. Paulo Sérgio Nader, técnico do Bugre, deixada em janeiro de 1983.

AGRADECIMENTO DE UM BOTONISTA

É maravilhoso
Ter mãos e braços perfeitos para palhetar
Quando há tantos mutilados, pobres coitados
Que numa palheta não podem sequer tocar

É maravilhoso
Ter olhos perfeitos para observar o gol adversário
Quando há tantos sem luz
Que não podem ver nem mesmo o indispensável ou mesmo o necessário

É lindo ter uma voz
Que pode dialogar, mandar colocar
Quando há tantos que não podem
Uma palavra ao menos falar.

É um dom divino ter mãos perfeitas que palhetam
Enquanto outras pobres só mendigam.

Ter um clube para com os outros repartir
Quando muitos não tem para onde ir.

É sensacional
Jogar, perder, empatar, vencer
Quando há tantos pobres de pensamento
Que não sabem de nosso grande movimento

É bom demais
Fazer um esporte tão apaixonante
Ter uma nova emoção a cada instante
Quando há gente sem fé e esperança
Que pensa ser nosso lazer coisa de criança

É realmente estupendo
Jogar botão e ter consciência
De que nosso amor e paciência
Farão com que o futebol de mesa acabe a tudo vencendo.

PODIUM: os três primeiros colocados da Taça Brasília - 1980 a 2011




ANO
1980
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO CARUSO
1982
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
WILLIAM DIAS
JOSÉ CARLOS LIBÓRIO
1983
JAN BUARQUE
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO NADER
1985
WALTER MORGADO
PAULO CÉSAR FARIA
JAN BUARQUE
1987
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO CÉSAR FARIA
LOURIVAL COUTO
1988
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
PAULO CÉSAR FARIA
1989
PAULO CARUSO
PAULO CÉSAR FARIA
WALTER MORGADO
1990
JAN BUARQUE
WALBER SALAZAR
PAULO CÉSAR FARIA
1991
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO CARUSO
WALTER MORGADO
1993
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
JAN BUARQUE
WALTER MORGADO
1994
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO CÉSAR FARIA
JAN BUARQUE
1995
PAULO CÉSAR FARIA
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
JAN BUARQUE
1997
JAN BUARQUE
PAULO CÉSAR FARIA
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
1999
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO CARUSO
AILSON BRITES (Jucão)
2000
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
PAULO CÉSAR FARIA
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
2001
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
PAULO CÉSAR FARIA
MARCELO MOTTA
2002
PAULO CÉSAR FARIA
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
JAN BUARQUE
2003
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
EINSTEIN MARTINS
MAURO MOURA
2004
PAULO CÉSAR FARIA
RODRIGO CARUSO
SÉRGIO MOTTA
2005
PAULO CÉSAR FARIA
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
2006
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
MARCELO MOTTA
2007
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
2008
LUCIANO SAMPAIO
TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
2009
PAULO CÉSAR FARIA
EDUARDO ALMEIDA
JOSÉ RICARDO ALMEIDA
2010
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
EDUARDO ALMEIDA
ALCIDES FIGUEIRA FILHO
2011
ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA
ADOLPHO PARENTE
LUIZ CLÁUDIO CARUSO