quarta-feira, 31 de maio de 2023

HÁ 40 ANOS NA HISTÓRIA DO FUTEBOL DE MESA BRASILIENSE: quatro torneios no Guará - 1983


Para comemorar o seu primeiro ano de existência, a Associação Guará de Futebol de Mesa promoveu quatro torneios entre os dias 7 e 22 de maio de 1983: Troféu "Lobo", que reuniu os sócios fundadores, num total de dez; Troféu "Daniel Cardoso", com todos os botonistas do Guará (primeira e segunda divisões), Troféu "Garoto do Placar", oito técnicos do Plano Piloto e do Guará e o Troféu "I.M.R.C.", com os botonistas que não conseguiram classificação para os torneios Daniel Cardoso e O Garoto do Placar.
No dia 22 de maio, decidiram o "Torneio dos Fundadores" Antônio Carlos Pimentel e Roberval de Paula. Com sensacional atuação, Pimentel goleou Roberval por 6 x 2, sagrando-se campeão. Carlos Gilberto Barbosa ficou em terceiro lugar.
Daniel Cardoso, filho de Antônio Cardoso, ex-Vice-Presidente da AGFM, aniversariou no mesmo mês do clube. Assim, visando homenageá-lo, Antônio Cardoso convidou a todos os técnicos do Guará, mesclando a primeira com a segunda divisões, dando o nome de seu filho ao torneio. Vencendo o Timex (José Martins Jr.), na final, também realizada no dia 22 de maio, por 2 x 0, o Vidigal (Antônio Carlos Pimentel) conquistou seu segundo título. Álvaro Sampaio (All Stars) foi o terceiro colocado.
IMRC, iniciais de Ildefonso Michiles Rodrigues de Carvalho, foi mais um torneio disputado, homenagem prestada ao presidente do Guará, que se despedia de suas funções. Tomaram parte botonistas do Guará que não lograram classificação para os torneios Daniel Cardoso e O Garoto do Placar. Na final, Jefferson Soares (Mixto) e Adinalino Reis (Bahia) empataram em 1 x 1 no tempo normal de jogo e, na cobrança de pênaltis, Jefferson venceu por 2 x 1.
Por último, o Torneio "O Garoto do Placar", realizado em 21 de maio, reunindo técnicos do Guará e convidados de associações co-irmãs, no total de oito: Álvaro Sampaio, Antônio Carlos Pimentel, Carlos Gilberto Barbosa, Eduardo Almeida, Ermânio Farias, José Ricardo Almeida, Nilton Lopes e Walter Morgado, que foram divididos em dois grupos na primeira fase do torneio. Chegaram à final, vencedores dos seus grupos, Walter Morgado (Dragão Negro) e José Ricardo Almeida (Estrela Solitária), com a vitória do primeiro, pelo marcador de 3 x 2. Eduardo Almeida (Squadra Azzurra) foi o terceiro colocado, depois de vencer Álvaro Sampaio (All Stars) por 1 x 0. Pimentel ficou com a quinta colocação.


terça-feira, 30 de maio de 2023

O PRIMEIRO TROFÉU DE CAMPEÃO A GENTE NÃO ESQUECE: José Roberto Calaça vence a 5ª Copa CEUB - 1983


Disputada no período de 6 de março a 2 de julho de 1983, a V Copa CEUB terminou com a brilhante vitória de José Roberto Calaça - Roller (foto). Calaça venceu Sérgio Netto (Fiel Royale), na decisão por pênaltis (3 x 1), após empates no tempo normal de jogo (2 x 2) e na prorrogação (1 x 1).
18 técnicos participaram. Na Primeira Fase foram divididos em dois grupos, dos quais os quatro primeiros classificados passariam para a Segunda Fase (Semifinal). Foram realizados 154 jogos e assinalados 484 gols, perfazendo a média de 3,14 por jogo. O técnico que mais marcou pontos nessa fase foi José Roberto Calaça, com 36, alcançando 14 vitórias e marcando 51 gols e sofrendo apenas cinco. Perdeu apenas uma partida (0 x 1 Sérgio Netto) e obteve em seis ocasiões o ponto extra.
A Fase Semifinal foi assim definida:
Chave C - José Roberto Calaça, Alexandre Campello, Hélio Socolik e Ênio Rocha;
Chave D - Mauro Moura, Sérgio Netto, Roberval de Paula e Cícero Barros.
Os quatro melhores colocados tiveram as seguintes performances:

CF

TÉCNICOS

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

JOSÉ ROBERTO CALAÇA

24

17

4

3

69

15

54

45

SÉRGIO NETTO

24

18

3

3

66

22

44

43

MAURO MOURA

24

17

4

3

57

19

38

42

ÊNIO ROCHA

24

13

4

7

48

24

24

30

Nota: vitória com diferença de 4 gols dava um ponto extra ao técnico vencedor.

As demais classificações foram:
5º - Roberval de Paula (Águia Branca)
6º - Hélio Socolik (Atlântico)
7º - Cícero Barros (Cruz de Malta) e
8º - Alexandre Campello (Kako).
No cômputo geral, foram realizados 183 jogos, tendo sido assinalados 542 gols, média de 2,96 por jogo.
O botão-artilheiro foi o nº 19 do Capibaribe, que marcou 28 gols.
O Troféu Eficiência foi vencido por Sérgio Netto, totalizando 128 pontos contra 127 do José Roberto Calaça.


segunda-feira, 29 de maio de 2023

BOTONISTA EM FOCO: José Carlos Libório (in memoriam)


José Carlos Libório de Menezes nasceu em Estância (SE), no dia 29 de maio de 1940.
Começou a jogar botão em sua cidade natal por volta de 1968. Não demorou para juntar muitos amigos e ter um campo oficial em sua casa.
Seus primeiros botões, de acrílico, foram feitos por um torneio-mecânico que morava em Aracaju. Esses botões eram enormes, pesados e totalmente maciços. Nessa época ele jogava com a regra de apenas um toque (popularmente conhecida como regra baiana), na AABB-Estância (SE). O time dele nessa época se chamava Sparta Praga, da então Tchecoslováquia.
Quando era criança, Libório também jogou com seus irmãos no Rio de Janeiro. Lá, os times eram feitos literalmente de botões grandes, comprados em armarinho, ou tirado das roupas das tias, mãe etc. Cada um de um tipo e cor.
Mudou-se para Brasília, em 1977, já como funcionário do Banco do Brasil. Quis o destino que ele se tornasse vizinho de Sérgio Netto, também recém-chegado em Brasília. Não demorou muito para descobrir que o novo vizinho jogava botão. No dia 12 de fevereiro de 1977, aconteceu o primeiro jogo entre Libório e Sérgio Netto. Numa mesinha “Estrelão”, Libório aproveitou-se do “porte atlético avantajado” de seus jogadores para golear Netto, por 4 x 0.
No dia 5 de maio de 1977, Sérgio Netto e um amigo seu, Augusto César Damasceno de Carvalho, ambos estudantes do Centro de Ensino Unificado de Brasília – CEUB, criaram o Clube de Botões do Ceub. Libório chegou a ir algumas vezes ao clube, levando com ele seu filho Rogério. Em dezembro do mesmo ano, Sérgio Netto voltou para Porto Alegre e as atividades botonísticas no Ceub praticamente foram paralisadas no ano de 1978.
No ano seguinte, Sérgio Netto retornou a Brasília e Libório voltou a bater uma bola com seu vizinho, mas não se inscreveu em competições, já promovidas pela novata Federação Brasiliense de Futebol de Mesa - fundada em novembro de 1979 - neste ano e em 1980.
Em julho de 1981 estava entre os associados que se reuniram para criar um clube de futebol de mesa na AABB, de Brasília.
Sua primeira participação em uma competição oficial da FBFM foi no 3º Torneio Aberto, disputado de 22 de agosto a 3 de outubro de 1981. Entre 30 inscritos, Libório ficou com a quarta colocação, atrás de Orly Urach (o campeão), Álvaro Sampaio Filho e Júlio César Roffé.

No dia 12 de setembro de 1981 venceu o 1º Torneio Início de Futebol de Mesa da AABB, que contou com a participação de outros quatro técnicos: Álvaro Sampaio (All Stars), Carlos Westone (Olimpo), Edimilson Buregio (Sport Recife) e Gledson Pompeu (Passarada). Álvaro ficou em segundo.
Logo depois, de 13 de setembro a 3 de dezembro de 1981, foi disputada a 3ª Copa Ceub, que contou com a participação de 15 técnicos. E Libório voltou a comemorar o título de campeão. Vinte jogos, dezesseis vitórias, dois empates e duas derrotas (uma delas para seu filho Rogério, por 2 x 1). Esta foi a campanha de José Carlos Libório para conquistar o título.
No dia 26 de outubro de 1981 aconteceu a eleição para a nova diretoria da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa. Libório foi eleito para exercer o cargo de Secretário-Geral.
Para encerrar as atividades no ano de 1981, participou, juntamente com seu filho Carlos Rogério Menezes, do 2º Campeonato Brasiliense Interclubes, de 31 de outubro a 1º de dezembro de 1981. Neste ano, os clubes eram representados por duplas. Ficaram na quarta colocação, entre nove clubes. Libório disputou sete jogos, vencendo três, empatando um e perdendo três. A dupla representou o clube Privé, uma espécie de clube caseiro, que reunia botonistas nas garagens de Libório e Sérgio Netto.
No levantamento estatístico efetuado para se conhecer o “Técnico do Ano”, Libório ficou com a sétima colocação entre trinta técnicos ranqueados.
Libório e Álvaro Sampaio foram os maiores responsáveis pela realização na AABB do II Campeonato Brasileiro Interclubes, disputado de 4 a 7 de fevereiro de 1982, a maior competição realizada em todos os tempos na regra dos três toques, com 24 mesas, 32 clubes de 13 Estados do Brasil e 70 botonistas em ação. Nunca houve uma outra competição de tamanha grandeza.
Representada pelo dueto Libório/Álvaro, a AABB ficou com a décima colocação no final. Libório disputou doze jogos, vencendo sete, empatando um e perdendo quatro.
De 27 de março a 25 de abril de 1982, paralelamente ao Torneio Aberto, a Federação Brasiliense promoveu o 1º Torneio Magister, que tinha como principal objetivo a participação de técnicos experientes e conhecedores das Regras Oficiais na condição de árbitros dos jogos entre os novatos, quando também atuariam como instrutores. Tomaram parte 18 técnicos. José Carlos Libório sagrou-se campeão.
Ficou com a terceira colocação na 2ª Taça Brasília de 1982, competição que reuniu 36 técnicos.

Nos dias 8, 9, 10 e 11 de outubro de 1982, Libório e mais três técnicos de Brasília (Francisco Vidal, Rogério Menezes e Walter Morgado) participaram do I Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa seguindo-se a regra de 8 toques da Associação Esportiva São José, organizadora do certame. O torneio foi realizado em São José dos Campos (SP) e teve 64 botonistas inscritos. Libório ficou com o vice-campeonato, perdendo a final para o saudoso Antônio Maria Della Torre, de São Paulo, por 3 x 1.
Desenvolveu intensa atividade no ano de 1983, obtendo como melhores colocações o vice-campeonato no 4º Campeonato Interno da Associação, terceiro na Copa Alfa e segundo, defendendo a Associação, no Brasiliense Interclubes.


Equipe da AABB: Libório, Motta, Roberto, Álvaro e Burnier

Em abril de 1983, juntamente com Walter Morgado e Gaspar Vianna, lançou o PALHETANDO, informativo da Associação de Futebol de Mesa de Brasília.
Em 1984, foi terceiro colocado no 1º campeonato interno da ASBAC e novamente vice-campeão do Brasiliense Interclubes, já atuando pela ASBAC.
Em 1985, passou a defender as cores do Asa Norte, onde conquistou o título de campeão do primeiro campeonato interno, com seis vitórias e duas derrotas, à frente de Paulo César Faria e Sérgio Motta. O Asa Norte ficou com a terceira colocação no 6º Campeonato Brasiliense Interclubes.
Ficou na terceira colocação do campeonato interno do Asa Norte em 1986, desta vez atrás de Paulo César Faria, o campeão, e Sérgio Motta.
Continuou disputado diversas competições nos anos seguintes. A última competição de Libório em Brasília foi no dia 1º de dezembro de 1992, o 11º Campeonato Brasiliense Interclubes.
No dia 5 de março de 1993 teve um enfarte e faleceu. Fazia parte da diretoria da AABB e foi um dos maiores responsáveis pela definitiva implantação do futebol de mesa na AABB.
Como reconhecimento a esse feito, os botonistas de Brasília inauguraram na AABB, no ano passado, o Espaço José Carlos Libório.
Torcedor do Vasco da Gama, Libório jogava com o time do Signus Futebol de Mesa. O nome surgiu por acaso. Libório procurava por um nome diferente e sugestivo, queria sair da mesmice de nome de times já existentes. Um dia, ele estava lendo uma revista e consultou o horóscopo para ver como seria o seu dia. Daí veio a ideia de usar o nome de Signus, com os nomes dos signos representando cada jogador do seu novo time. Libório era extremamente supersticioso a ponto de fazer ou deixar de fazer alguma coisa por conta do que estava dito nos signos.
Faleceu no dia 5 de março de 1993.




domingo, 28 de maio de 2023

BOTONISTA EM FOCO: Walter Morgado (in memoriam)


Walter Morgado nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 28 de maio de 1931.
Começou a dar suas primeiras palhetadas em 1941, na regra do “leva-leva” e os seus primeiros botões foram de capa de casaco, de coco e de galalite.
Conquistou três campeonatos na regra do “leva-leva”, nos anos de 1944, 1946 e 1957.
Em Brasília desde 1961, Walter passou a praticar o futebol de mesa na Capital Federal com um grupo de amigos das quadras vizinhas à dele (306 Sul) em 1968 e, em 1971, criaram a Associação de Futebol de Mesa de Brasília, onde jogava na regra do passe obrigatório. Foi vencedor de 16 torneios, entre 1968 e 1977.
Começou a jogar na regra dos três toques em novembro de 1979. Suas principais conquistas foram: I “Copa do Mundo” e o II Torneio Aberto de Futebol de Mesa de Brasília, ambos em 1980; foi tetracampeão do campeonato interno da Associação nos anos de 1980 a 1983; a II Taça São José dos Campos, em 1982 (esta na regra do Vale do Paraíba-SP); a II Copa Alfa em 1983; o VI campeonato interno da UDF, em 1984; a IV Taça Brasília de Futebol de Mesa, em 1985 e o 1º campeonato interno da ASCADE, em 1990. Além disso, foi campeão brasiliense interclubes nos anos de 1988 e 1993.
Sua última competição foi o Campeonato Interno da AABB, disputado no período de 18 de fevereiro a 13 de maio de 1995, chegando na quarta colocação.
Daí em diante, começou a sentir fortes dores nos joelhos, que o fizeram parar de vez logo depois.
Seu time era o Dragão Negro (em homenagem ao Flamengo, sua paixão futebolística).
Durante todo esse período fazia questão de iniciar cada ano, sempre no dia 1º de janeiro, com um amistoso contra seu filho Antônio Carlos Morgado (Arsenal). Disputou poucos brasileiros e, talvez, por isso, não seja muito conhecido nacionalmente. Mas, os que não o conheciam podem ter certeza: era um dos melhores jogadores de futebol de mesa do Brasil.
Faleceu no dia 2 de fevereiro de 2008, vítima de um ataque cardíaco fulminante.




sábado, 27 de maio de 2023

BOTONISTA EM FOCO: Hélio Socolik


Hélio Socolik nasceu no Rio de Janeiro (RJ), no dia 28 de maio de 1945.
Era um garoto de dez anos e morava em Copacabana, no Rio de Janeiro, quando um amigo seu o encaminhou para a prática desse esporte que muito representou em sua adolescência: o futebol de botões.
O nome de seu amigo era Oscar Acselrad e logo seu irmão, Henry, aderiu também. Jogavam no assoalho da casa de jantar da família Acselrad. A regra era o “leva-leva”, mas mesmo assim todos achavam emocionante. Seu amigo Oscar era criativo e o influenciou a dar nomes aos botões e registrar os jogos e os artilheiros. E ainda criou regras de basquete, vôlei e atletismo com botões!
O mérito de Hélio foi difundir a prática do botonismo na rua onde morava. Logo surgiram vários praticantes na rua Domingos Ferreira. O prédio onde morava, chamado Aracacy, deu nome à Liga de Esportes Aracacy, que desafiava os demais edifícios da rua.
Um dos primeiros a seguir sua liderança foi Frederico Mendes (um dos melhores fotógrafos do País), que se animou depois do resultado do primeiro jogo entre eles: 13 x 2 a favor de Hélio, na casa de Frederico. Daí juntaram-se a eles vários amigos e, inclusive, a irmã caçula de Hélio.
O nome do time de Hélio era Atlântico. Os botões eram de vários tipos e tamanhos. Os zagueiros eram colocados ao lado do goleiro nos momentos dos chutes e estes geralmente eram de tampa de remédio ou de enlatados. Os médios eram, geralmente, aqueles que se vendiam nas lojas. Os atacantes eram menores e mais “habilidosos”, de osso, de casca de coco envernizado, tampas de relógio, que se caracterizavam por serem ótimos encobridores, e os botões encavalados, formados por botões raspados, que se colavam até com chicletes.
A bola era redonda, feita de algodão e costurada com linha. Atrás de uma bola esférica corriam os botões cujos nomes homenageavam amigos ou pessoas que Hélio admirava.
Chegou num ponto que, praticamente, Hélio não tinha adversários, até que ele conheceu o mineiro Murilo Assunção. Seu time era o Atlético Mineiro. No início, Hélio o vencia, até que, com o tempo, Murilo passou a ganhar a maioria das partidas.
Por volta dos 16 anos, Hélio mudou-se para o bairro de Botafogo e praticamente terminaram todas as amizades. Mas voltou a jogar com novos amigos, tais como Sílvio Moses e Ruben Nathan. Realizaram muitos eventos, principalmente nos dias de chuva e na mesa da sala de jantar da casa de Sílvio.

Com o decorrer do tempo o gosto passou para o pôquer, o futebol no Maracanã, as “peladas” no clube e as namoradas e, pouco a pouco, Hélio e seus amigos foram deixando de praticar o futebol de mesa, isto por volta de 1965.
Certa vez, em 1968, Hélio leu no Jornal dos Sports o anúncio de um torneio de futebol de mesa na federação carioca, no bairro do Grajaú. Resolveu ir até lá assistir aos jogos. Ao chegar, ficou surpreso com as pessoas, todas adultas. A organização era perfeita: uniformes, bandeiras, árbitros, mesas. Mas desapontou-se com as regras: cada um jogava uma vez apenas, a bola era um disco achatado e usavam um pente como palheta.
Brasília, 1981. Hélio é funcionário do Ministério da Fazenda. Trava conhecimento com Sérgio Netto, desenhista da Secretaria da Receita Federal, que fala para ele do seu principal hobby: o futebol de mesa. Conversam sobre as novas regras e Hélio, apesar de ficar bastante curioso, pensava que não havia mais lugar para o botonismo em sua vida...
Logo depois, conhece Gaspar Vianna, advogado da Telebrás. Ele conta, pacientemente, como era adepto do “leva-leva” e como passou a ser entusiasta das novas regras do futebol de mesa que conheceu. Convida Hélio para assistir a um jogo no clube Telestar. Ele vai e ao chegar lembra-se daquela noite no Grajaú: a mesma organização e seriedade. Mas percebeu a diferença: um conjunto de regras bem-feitas para tornar o jogo atraente e gostoso de ser praticado. A noite na Telestar foi decisivo: a higiene mental proporcionada pelo jogo lembrou-lhe a sinuca.
Conseguiu algumas boas vitórias, como a de 1 x 0 sobre Álvaro Sampaio, e empates de 3 x 3 com Sérgio Netto e 0 x 0 com Orly.
Animou-se e inscreveu-se no 3º Torneio Aberto de Futebol de Mesa de Brasília, promovida pela FBFM no período de 22 de agosto a 3 de outubro de 1981. Fez uma boa campanha na primeira fase e foi eliminado nas semifinais por Orly Urach, da UDF. Conheceu José Ricardo e Walter Morgado. Mas seu grande incentivador foi mesmo o Sérgio Netto, que lhe vendeu um time e transmitiu alguma experiência. Convidou-o a participar da Copa Ceub, disputada logo depois do torneio aberto. Essas foram as únicas competições que disputou no ano de 1981. Também em 1981 Hélio fez parte do Conselho Fiscal da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa.
No ano seguinte, além da Copa Ceub, também disputou o campeonato interno da UDF e participou pela primeira vez de um Campeonato Brasiliense Interclubes
Voltaria a disputar as mesmas competições em 1983. No ano seguinte, disputou apenas uma competição, o campeonato interno da UDF (o Clube de Botões do Ceub havia sido extinto). Depois disso, passou um longo tempo afastado das mesas, só retornando, em 1990, para disputar uma Copa do Mundo, realizada no período de 31 de março a 7 de abril de 1990. Foi sua última participação em uma competição oficial de futebol de mesa.



sexta-feira, 26 de maio de 2023

OS NOSSOS TORNEIOS: 20 Anos da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa - 1999


Para comemorar os 20 anos de fundação da Federação Brasiliense de Futebol de Mesa, foi realizado um torneio na AABB com a participação de 12 técnicos, nos dias 21 e 28 de setembro e 5 de outubro de 1999.
Na Primeira Fase, disputada em 21 de setembro de 1999, os técnicos foram divididos pelos seguintes grupos:
Grupo A – Mauro Moura (Capibaribe), Sérgio Motta (Mengole) e Tarcízio Dinoá Junior (Centenário); a classificação no Grupo foi: 1º Mauro, 4 pontos ganhos, 2º Tarcízio, 3 e 3º Sérgio Motta, 2.
Grupo B – Ailson Brites “Jucão” (União Villa), Ricardo Motta (TJF) e Ronaldo Picchi (Paulistano); Picchi foi o primeiro colocado, com 6 pontos ganhos, vindo em 2º Jucão com 3 e em 3º Ricardo, que não marcou ponto.
Grupo C – Jan Buarque (Corinthians), José Ricardo Almeida (Estrela Solitária) e Paulo César Faria (Amigos); o primeiro colocado foi José Ricardo, com 4 pontos ganhos, Jan foi o 2º com 3 e Paulo César o terceiro, com 1 ponto ganho.
Grupo D – Álvaro Sampaio (All Stars), Osmar de Oliveira (Santos) e Roberto Pessoa (Napoli); Álvaro (1º) e Roberto (2º) somaram quatro pontos e Osmar não pontuou.
Conforme previsto no regulamento do torneio, classificavam-se para a Segunda Fase os dois melhores de cada grupo e o melhor entre os terceiros colocados dos quatro grupos. Assim, passaram para a Segunda Fase, disputada no dia 28 de setembro, os seguintes técnicos: no Grupo A, Mauro, Tarcízio e Sérgio Motta; no B, Picchi e Jucão; no C, José Ricardo e Jan e no D, Álvaro e Roberto.
Compuseram três novos grupos, a saber: E – Álvaro Sampaio, Mauro Moura e Sérgio Motta; F – Jan Buarque, Ronaldo Picchi e Tarcízio Dinoá Junior e o G – Ailson Brites, José Ricardo Almeida e Roberto Pessoa. Classificavam-se para a Terceira Fase os primeiros colocados e mais o melhor segundo colocado. Os primeiros colocados em seus grupos foram: Sérgio Motta, Tarcízio e José Ricardo, ficando como melhor entre os segundos colocados, Álvaro Sampaio.
Estes disputaram, no dia 5 de outubro de 1999, a terceira fase, em duas rodadas.
Os jogos foram Motta 3 x 3 Tarcízio (o empate favoreceu Tarcízio) e José Ricardo venceu Álvaro Sampaio.
Após estes resultados, Tarcízio e José Ricardo decidiram o torneio. José Ricardo venceu por 3 x 1 e conquistou o título de campeão.


quinta-feira, 25 de maio de 2023

MEU TIME DE BOTÃO: fundação do Dragão Vianense


Para lembrar de onde nasceu, Viana, no Maranhão, e de um time famoso em sua cidade natal de nome Dragão (clube do coração e onde chegou a jogar no infantil), Luiz de Oliveira Gomes Neto, o Luiz Gomes, criou o Dragão Vianense Futebol de Mesa no dia 25 de maio de 1979.
O elenco era composto dos seguintes jogadores:
Goleiros: Catarrinho, Louber, Edinho e Marcial;
Zagueiros: Zé de Melo, Coquinho, Zé Castello e Stélio;
Lateral-Direito: Cabeça, Helinho e Zé Serejo;
Lateral-Esquerdo: Lupercínio, Babal e Zé de Mauro;
Meio-de-Campo: Louro, Náguavelha, Jotapê, Marcelo, Vavá, Valmir, Jayme, Guri e Benedito de Mauro;
Ponta-Direita: Bacabal, Tataia e Florindo;
Centro-avante: Tuby, Xuxo e Dario; e
Ponta-Esquerda: Lanchão e Micuim.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

FORMAÇÕES & PARTICIPAÇÕES: Ocidental no XIII Campeonato Brasileiro Interclubes - 3 Toques - 1993



William Dias, José Neto e Francisco Régis (o outro técnico do Clube Ocidental, Antônio Carlos Pimentel, não estava quando a foto foi tirada)


Quinze clubes disputaram o XIII Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa - 3 Toques, realizado na AABB-Brasília no período de 9 a 11 de abril de 1993.
O Clube Ocidental ficou na 15ª colocação, após a seguinte campanha:

CLUBE/Técnicos

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

% Aprov.

OCIDENTAL

8

1

0

7

4

19

-15

3

12,50%

Antônio Carlos Pimentel

2

0

0

2

3

6

-3

0

0,00%

Francisco Régis

4

0

1

3

1

12

-11

1

8,30%

José Neto

6

1

0

5

8

19

-11

3

16,70%

William Dias

6

0

0

6

8

17

-9

0

0,00%