terça-feira, 24 de julho de 2012

TÚNEL DO TEMPO: A VISITA DE SAMBAQUY E O CAMPEONATO BRASILEIRO DE UM TOQUE



Entre os dias 15 e 19 de dezembro de 1980, quem esteve em Brasília foi Adauto Celso Sambaquy, então presidente da Associação Brasileira de Futebol de Mesa, que reunia os praticantes da regra de um toque.
Na sede da UDF, além de muitas reuniões informais, jogou algumas partidas com Antônio Carlos Almeida, José Ricardo Almeida e Sérgio Netto.
De 16 a 19 de janeiro de 1981, os irmãos Antônio Carlos e José Ricardo Almeida estiveram em Brusque (SC), para participar do VII Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa da regra de um toque, atendendo a um convite do amigo Adauto Celso Sambaquy.
O campeonato muito bem organizado por Sambaquy e José Gomes de Almeida, de Sergipe, teve como sede o ginásio de esportes da Sociedade Esportiva Bandeirante.
Infelizmente para nós dois, novatos nesse tipo de competição, a forma de disputa da primeira fase não ajudou muito: grupos de 3, saindo os dois primeiros. Achávamos que, como forma de incentivo para quem quisesse continuar disputando competições da regra de um toque e vinha de muito longe, como era o nosso caso, os grupos deveriam ser maiores, dando oportunidade para a realização de mais jogos. Resultado: no primeiro dia de disputa já estávamos fora e fomos tomar cerveja e ver os jogos das demais fases.
Tanto no meu grupo como no de Antônio Carlos não fomos felizes no sorteio: deles faziam parte ex-campeões brasileiros da regra de um toque. No meu Giovanni Pereira Moscovits (campeão brasileiro em 1976), com o seu Dínamo de Moscou, para o qual perdi de 6 x 0, e no de Antônio Carlos, Jomar Antônio de Jesus Moura (campeão brasileiro em 1978): 8 x 0 para o Santos, de Jomar. Ainda consegui um empate em 0 x 0 com o técnico de Brusque que agora não lembro o nome. Como ele perdeu com um placar menor para Giovanni, classificou-se. Antônio Carlos também perdeu a partida para o técnico de Brusque.
Nossos botões muito mal preparados (pois, na época, já jogávamos com botões da regra de três toques, todos cavados), demonstraram logo que não estavam apropriados para as mesas de Brusque. Foi um vexame...
Esse campeonato serviu de lição para, quando passei a trabalhar como Diretor Técnico das entidades para as quais fui escolhido, formar grupos com no mínimo quatro técnicos (o que proporcionava pelo menos três jogos) e uma maior disputa pelas vagas.
Como curiosidade deste campeonato, cito uma conversa que tive com
Hozaná Sanches, baiano, campeão daquele ano. Após a entrega dos troféus, ele expôs um grande e inusitado problema. Morava numa casa muito pequena e quando ganhava um troféu muito grande, igual ao de Brusque, tinha problemas para guardar em casa!

Um comentário:

  1. José Ricardo,
    O prêmio do Hosana teve de ser enviado para a Bahia por uma transportadora, pois ele não conseguiria pagar o excesso de peso na bagagem. Não sei o que ele fez com o troféu, pois esse problema ele também apresentou para nós.Realmente vocês levaram azar no sorteio, pois haviam chaves de quatro e chaves de três. E o pessoal de Brusque estava treinando bastante para fazer bonito. Tenho muita saudade desse tempo. Pelo menos tivemos a alegria de ter a presença dos irmãos Almeida entre nós, o que já se constitui uma enorme conquista, pois sempre foram dois nomes muito respeitados no mundo botonistico.
    Um abraço com o meu agradecimento pela lembrança.

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