domingo, 9 de agosto de 2015

PAI CRIANÇA...




Ser pai é torcer para que seu filho faça um gol de placa. É vibrar ao ver uma grande jogada que ele realiza. É ficar em volta da mesa torcendo para que ele acerte o último passe, peça a gol, impulsione a palheta sobre o atleta esférico e, ao som da bola “coquinho” entrando no gol gritar: César!!! Julinho!!! Herói!!! Pollux!!! ou uma estrela qualquer...
Ser pai é sonhar que seu pequenino possa herdar sua paixão, mesmo sabendo que nem sempre isto acontece, pois cada um tem as suas preferências esportivas.
Fazer o quê?
Enquanto nós “crianças” desgastamos nossas camisas na beira da mesa, com nossos abdomens avantajados, eles, adolescentes ou adultos, com os corpos sarados, jogam futebol, futsal, futevôlei, videogame, internet e por aí afora...
Que bom, pelo menos não usam drogas, não carregam outras bolinhas (!). Isto é motivo de orgulho, mas, ainda assim, queríamos mesmo eles ao nosso lado.
Como seria bom ter o retorno às mesas de um Marcelo ou Ricardo Motta, filhos do Sérgio Motta, o “Paizão do Botão”!
Como não lembrar do saudoso Walter Morgado que, enquanto no plano terrestre teve a felicidade de jogar um Campeonato Brasileiro com seu filho Antônio Carlos.
Álvaro (e Luciano Sampaio), Libório (e Rogério), Álvaro (e Fernando Azevedo), Márcio (e Adolpho Parente), Ésio Buarque (e San Tiago, Sinval e Deco), Paulo Airton (e Junior e André), William (e Márcio), Anderson (e Fellipe), Marcelo (e Lucas Porto) e Donisete (e Arthur), desculpem se esqueci alguém nessa grande equipe de pais que tem ou tiveram o sagrado privilégio de ter seus filhos ao lado jogando botão.
Se eles têm suas preferências e não podemos mudá-las, existe ainda a esperança de incentivar nossos netos, nem que seja arrumando um lugar em seu time, como fez o vovô babão Zé Ricardo com Marcelinho (nº 13) e Miguelzinho (nº 29), seus dois netos.
Ser pai é segurar a mão, mesmo que não seja para jogar botão, levantá-lo se ele cair no chão.
Ser pai é ajudar no dever de casa: matemática ou gramática, sociologia ou filosofia ou na arte do teatro, pois na vida todos os pais são artistas!
Não importa a temática, se não as dominamos, pelo menos na mesa de botão temos as nossas táticas...
Ser pai é também "dar um puxão de orelha" quando na escola ele cola e quando a bola "cola" no jogador, ter paciência quando ela rola... Que bom que o mundo é redondo!
A bola é redonda e nossos ídolos de ontem, são hoje nossos atletas e craques, na mesma proporção da bola...
Enfim, para ser pai, basta ter sido antes um grande filho...
Pois na vida colhemos aquilo que nossos antepassados semearam.
É com imenso carinho que hoje levamos até você, pai botonista, esta felicitação, na certeza de que nosso grupo é uma família e em família, distante ou próxima (saudades Tritu!), neste domingo comemoramos este dia tão importante de nossas vidas!
A gol? Tá colocado! A bola foi impulsionada... Depois vem o grito de alegria ou lamento de decepção: "Esta m... de botão vai me matar do coração!". 
Se foi um gol ou muitos gols, vamos para o Moisés, é a hora gostosa da "resenha", de saciar nossa sede e nossas vitórias, no sabor da espuma de um chopp bem gelado!

QUE DEUS NESTE DIA TÃO ESPECIAL
DERRAME SOBRE NOSSOS LARES
E NOSSO MUNDO RETANGULAR DO FUTEBOL DE MESA,
TODAS AS BENÇÃOS QUE MERECEMOS!

FELIZ DIA DOS PAIS A TODOS!

Antônio Carlos Pimentel - Vidigal - Brasília, agosto/2015.

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