quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

A HISTÓRIA DA TAÇA BRASÍLIA: 25ª edição - 2010


Antônio Carlos Almeida
Iniciada no dia 10 de agosto de 2010, a vigésima-quinta edição da Taça Brasília de Futebol de Mesa foi disputada na AABB-Brasília, em dois turnos, e reuniu 14 técnicos, a saber: Adolpho Parente (Cavalo de Tróia), Alcides Figueira Filho (Palmeiras), Antônio Carlos Almeida (Verdão), Eduardo Almeida (Juventus), Einstein Martins (Ciranda), José Ricardo Almeida (Estrela Solitária), Luiz Cláudio Caruso (Triturador), Paulo César Faria (Amigos), Paulo Roberto Holanda (Leão do Norte), Ricardo Motta (Camisa 12), Roberto Pessoa (Napoli), Rodrigo Caruso (Meninos da Vila), Sérgio Motta (Mengole) e Tarcízio Dinoá Junior (Centenário).
O regulamento previa que os nove primeiros colocados disputariam o 2º Turno na Série Ouro e os outros cinco na Série Prata.

PRIMEIRO TURNO

O primeiro turno encerrou-se na noite de 14 de setembro de 2010.
Quatro técnicos chegaram com chances matemáticas de conquistar o primeiro turno na última rodada (todos fariam dois jogos): Adolpho, Alcides, Eduardo e José Ricardo. Destes, apenas Alcides dependia dele mesmo. Os demais de combinações. A diferença de Alcides para Eduardo era de um ponto: 27 a 26. José Ricardo tinha 23 e Adolpho 22 pontos ganhos.
Na primeira rodada de quatro jogos, por coincidência, dois deles envolvendo esses quatro técnicos: Eduardo x José Ricardo e Adolpho x Alcides. Ao final do 1º tempo, vitória de Eduardo por 1 x 0, e empate de 0 x 0 no outro jogo. Esse resultado daria o primeiro lugar a Eduardo. Tudo mudou quando José Ricardo empatou e Alcides conseguiu marcar dois gols em Adolpho. Colocou uma das mãos na taça. Chegou aos 30 pontos contra 27 de seu perseguidor mais próximo. Adolpho e José Ricardo deram adeus ao título.
Veio a segunda rodada. Ao Alcides bastava um empate diante de Sérgio Motta. Eduardo enfrentaria Tarcízio com a obrigação de vencer, de preferência com um bom número de gols para melhorar seu saldo. Motta abre o marcador e o 1 x 0 persistiu por um bom tempo. Na outra mesa, Eduardo fazia 1 x 0 em Tarcízio. Se continuasse assim, os critérios de desempate deveriam ser adotados. Ficariam iguais em vitórias (9) mas o saldo de Alcides era de mais dois gols em relação a Eduardo. Este acabou vencendo o seu jogo pelo placar mínimo, mas Alcides conseguiu empatar com um “gol espírita”. Com isso, chegou aos 31 pontos e manteve a invencibilidade na competição: foram 9 vitórias e 4 empates. Marcou 29 gols e sofreu 12. Uma bela campanha!
As demais colocações foram ocupadas por: 2º Juventus, 30 pontos ganhos; 3º Cavalo de Tróia, 25; 4º Estrela Solitária, 25; 5º Amigos, 23; 6º Verdão, 22; 7º Camisa 12, 20; 8º Centenário, 19; 9º Triturador, 18; 10º Mengole, 17; 11º Napoli, 10; 12º Meninos da Vila, 8; 13º Ciranda, 5 e 14º Leão do Norte, 4.

SEGUNDO TURNO

O 2º turno começou no dia 21 de setembro de 2010.
Estavam qualificados para a Série Ouro Adolpho Parente, Alcides Figueira Filho, Antônio Carlos Almeida, Eduardo Almeida, José Ricardo Almeida, Luiz Cláudio Caruso, Paulo César Faria, Ricardo Motta e Tarcízio Dinoá Junior.
Caso Alcides vencesse o 2º turno, seria automaticamente proclamado campeão da Taça Brasília. Se o vencedor fosse um outro técnico, aconteceria uma decisão extra, em dois jogos, marcados para o dia 05.10.2010. Caso, ainda, acontecesse de um terceiro técnico marcar mais pontos que os vencedores de turnos, a decisão se faria na forma de um triangular, também no dia 5 de outubro de 2010.
Na última rodada, realizada no dia 30 de setembro de 2010, somente três técnicos tinham chances de conquistar o 2º turno: Verdão (Antônio Carlos Almeida), Amigos (Paulo César Faria) e Estrela Solitária (José Ricardo Almeida). Para acirrar ainda mais as disputas, a tabela previa um “triangular” entre esses técnicos na última rodada do returno.
Destes, o Verdão é o que tinha mais chances, por depender dele mesmo. Jogava, por exemplo, por dois empates. O Amigos tinha que vencer seus dois jogos e torcer para o Estrela Solitária vencer ou empatar com o Verdão. A pior situação era a do Estrela Solitária: tinha que ganhar seus dois jogos e torcer para o Amigos vencer o Verdão.
A tabela definiu para a primeira rodada das três previstas para a noite o “clássico familiar” Verdão x Estrela Solitária. O Verdão fez 1 x 0, o Estrela Solitária empatou. O Verdão voltou a ficar na frente do marcador e, no último lance, o Estrela Solitária definiu o placar em 2 x 2. Com esse resultado, o Estrela Solitária deu adeus ao título.
Veio a segunda rodada e o terceiro time concorrente ao título, Amigos, passou a depender somente dele para ficar com a primeira colocação. Mal o jogo (Verdão x Amigos) começou, o Verdão deu dois chutes e marcou 2 x 0. Com este resultado, ficaria com o título. Mas, o Amigos foi buscar o empate e perdeu boas chances de virar o placar. Isso não aconteceu e o jogo ficou mais nervoso e indefinido. Para piorar ainda mais a situação, ao tentar tirar uma bola em sua defesa, o técnico do Amigos deu um “passe” em um jogador do Verdão, próximo da sua grande área. O Verdão não desperdiçou a oportunidade e marcou o terceiro, gol que lhe deu a vitória e o título de campeão do 2º turno.
No outro jogo do “triangular”, o Estrela Solitária goleou o Amigos por 4 x 1.
Além dessa disputa pelo título do 2º turno, também tivemos nessa última rodada a definição do técnico com maior número de pontos ganhos. Faltando dois jogos para todos os técnicos, Juventus (Eduardo Almeida) e Palmeiras (Alcides Figueira Filho) tinham o mesmo número de pontos acumulados: 39. Podiam, ainda, ser ultrapassados por Verdão, Estrela Solitária e Amigos.
O Cavalo de Tróia (Adolpho Parente), que jogaria com Palmeiras e Juventus, nesta ordem, poderia ser o fiel da balança. Se, por exemplo, acontecesse empate nos dois jogos, Juventus e Palmeiras se enfrentariam na última rodada. Dependendo dos demais resultados, a disputa pelo maior número de pontos seria direta.
O mais curioso é que podíamos ter quatro técnicos com o mesmo total de pontos. Bastava acontecer essas combinações:
1. Juventus e Palmeiras perdem para o Cavalo de Tróia e empatam o seu jogo, alcançando, ambos, 40 pontos.
2. Verdão empata seus dois jogos: também chega aos 40 pontos.
3. Estrela Solitária empata com o Verdão e vence o Amigos: também chega aos 40 pontos.
Aí, teríamos que apelar para os critérios de desempate.
Assim, na primeira rodada, Cavalo de Tróia e Palmeiras empataram em 0 x 0. Na segunda, a Juventus aproveitou-se da total “descontração” do técnico do Cavalo de Tróia e o goleou por 4 x 0, colocando dois pontos à frente do Palmeiras. Este recuperaria o primeiro lugar caso vencesse a Juventus na terceira e última rodada. Mas a Juventus venceu por 2 x 0 e garantiu o primeiro lugar no critério “maior número de pontos acumulados”.
Também tivemos briga na parte de baixo da tabela: Centenário (7º), Camisa 12 (8º) e Triturador (9º) tinham, respectivamente, 24, 24 e 22 pontos acumulados.
Do mesmo modo que a tabela reservou um triangular para decidir quem ganharia o 2º turno, ela também determinou um triangular entre esses técnicos citados para se livrarem da lanterna!
Na primeira rodada, o Triturador (Luiz Cláudio Caruso) venceu o Camisa 12 (Ricardo Motta), por 4 x 0. Veio a segunda rodada e o jogo era Centenário (Tarcízio Dinoá Junior) x Triturador. Num jogo cheio de reviravoltas, o Triturador levou a melhor por 4 x 3. Na última rodada, o Centenário venceu o Camisa 12 por 2 x 1.
A classificação final do 2º turno da Taça Brasília de Futebol de Mesa foi esta:
1º Verdão, 20 pontos ganhos; 2º Juventus, 15; 3º Estrela Solitária, 15; 4º Amigos, 12; 5º Triturador, 10; 6º Palmeiras, 9; 7º Centenário, 8; 8º Cavalo de Tróia, 7 e 9º Camisa 12, 4.

FASE FINAL

Conforme determinava o regulamento da competição, participariam da fase final do torneio o campeão do 1º turno (Alcides Figueira Filho – Palmeiras), o vencedor do 2º (Antônio Carlos Almeida – Verdão) e o técnico que mais somou pontos nos dois turnos (Eduardo Almeida – Juventus).
O primeiro jogo do triangular decisivo foi entre Verdão e Palmeiras. Ambos os técnicos demonstravam seu grande nervosismo nas boas chances desperdiçadas de marcarem o primeiro gol. Foi assim até o final do primeiro tempo, quando Alcides cometeu uma falta boba no canto direito de sua defesa. Toca o relógio e o árbitro Eduardo Almeida avisa que serão quatro lances. Antônio Carlos rola a bola em direção à grande área e marca o primeiro gol.
O segundo tempo começa e o equilíbrio no jogo continua. Em mais um lance despretensioso, Alcides comete outra falta, convertida no segundo gol do Verdão. Perto do final do jogo, o Verdão marcou o terceiro gol, vencendo a primeira batalha por 3 x 0.
Veio a segunda partida do triangular, reunindo Alcides e Eduardo. Este, aproveitando-se do fato de Alcides ainda estar se recuperando da derrota no primeiro jogo, abriu 2 x 0 no marcador. Num lance em que poderia acontecer o terceiro gol, numa jogada próxima a linha do meio-de-campo, a bola sobrou para um jogador do Alcides, que diminuiu o marcador. O empate de Alcides veio num chute rente à lateral e desferido um potente chute que encobriu o goleiro da Juventus. Resultado final: 2 x 2.
Este resultado dava a Antônio Carlos, no terceiro e decisivo jogo, o direito de jogar pelo empate contra Eduardo.
Jogo bastante disputado, com boas chances dos dois lados, lances capitais desperdiçados e o primeiro tempo terminou com o placar em branco.
O 0 x 0 perdurou por boa parte do segundo tempo, apesar das chances criadas pelos dois técnicos. Praticamente no último lance do jogo, Antônio Carlos armou uma jogada próxima à área de Eduardo. Este conseguiu tirar a bola, mas esta, teimosamente, colou num jogador de Antônio Carlos. O passe foi dado e o gol marcado. Logo depois tocaria o relógio apontando o final do jogo. Vitória merecida do Verdão por 1 x 0. O título ficou em boas mãos.
A classificação final da Taça Brasília 2010 foi esta:
Em toda a competição foram realizados 150 jogos, onde foram assinalados 485 gols, perfazendo a média de 3,2 gols por jogo.
O botão-artilheiro foi o nº 11, do Estrela Solitária, com 15 gols, seguido de perto pelo nº 10, do Triturador, com 10.

CF

TÉCNICOS

TIMES

J

V

E

D

GF

GC

SG

PG

Aprov.

ANTÔNIO CARLOS ALMEIDA

VERDÃO

23

14

6

3

53

26

27

48

69,6%

EDUARDO ALMEIDA

JUVENTUS

23

14

4

5

42

21

21

46

66,7%

ALCIDES FIGUEIRA FILHO

PALMEIRAS

23

11

8

4

42

31

11

41

59,4%

JOSÉ RICARDO ALMEIDA

ESTRELA SOLITÁRIA

21

11

7

3

50

26

24

40

63,5%

PAULO CÉSAR FARIA

AMIGOS

21

11

2

8

43

35

8

35

55,6%

ADOLPHO PARENTE

CAVALO DE TRÓIA

21

9

5

7

30

25

5

32

50,8%

LUIZ CLÁUDIO CARUSO

TRITURADOR

21

8

4

9

39

40

-1

28

44,4%

TARCÍZIO DINOÁ JUNIOR

CENTENÁRIO

21

8

3

10

43

36

7

27

42,9%

RICARDO MOTTA

CAMISA 12

21

7

3

11

28

42

-14

24

38,1%

10º

EINSTEIN MARTINS

CIRANDA

21

5

6

10

25

42

-17

21

33,3%

11º

RODRIGO CARUSO

MENINOS DA VILA

21

6

6

9

22

32

-10

24

38,1%

12º

PAULO ROBERTO HOLANDA

LEÃO DO NORTE

21

4

4

13

18

37

-19

16

25,4%

13º

SÉRGIO MOTTA

MENGOLE

21

6

6

9

25

32

-7

24

38,1%

14º

ROBERTO PESSOA

NAPOLI

21

3

2

16

25

60

-35

11

17,5%

 

TAÇA DE PRATA

Einstein Martins, Paulo Roberto Holanda, Roberto Pessoa, Rodrigo Caruso e Sérgio Motta disputaram a Taça de Prata em dois turnos.
Quatro deles chegaram ao último dia de disputa com chances de conquistar o título. Matematicamente, somente Roberto Pessoa não tinha mais chances.
Einstein Martins e Rodrigo Caruso dependiam de si mesmo. No momento, o Einstein tinha melhor saldo de gols que Rodrigo (7 x 4). Vencendo seus dois jogos e mantendo a diferença, seria o campeão.
Rodrigo teria que vencer seus dois jogos e marcar uma quantidade de gols que tirasse a diferença em relação a Einstein, caso este também vencesse seus dois jogos.
Paulo Roberto Holanda teria que vencer seus dois jogos e torcer para que Einstein e Rodrigo perdessem seus dois compromissos.
Ainda com remotas chances estava Sérgio Motta: devia vencer seus dois jogos, torcer para Einstein e Rodrigo perderem os seus dois, Paulão perder pelo menos um e marcar o maior número de gols que permitisse melhorar seu saldo de gols, atualmente negativo em 2.
Após a última rodada realizada no dia 2 de outubro de 2010, Einstein Martins e Rodrigo Caruso continuavam invictos e empatados no número de pontos ganhos: 16. O melhor saldo de gols (11 contra 5) deu o título ao Einstein.
Na terceira colocação, com 12 pontos ganhos, ficou Paulo Roberto Holanda (Leão do Norte). Sérgio Motta (Mengole) somou 7 pontos e ficou na quarta colocação. No quinto e derradeiro lugar ficou Roberto Pessoa (Napoli), que conseguiu apenas um ponto ganho.


Nenhum comentário:

Postar um comentário