quinta-feira, 13 de setembro de 2012

JOGOS INESQUECÍVEIS: VIRADA NA PENÚLTIMA PALHETADA



Alcides Figueira Filho

Era a semifinal do segundo turno, a AABB-1, com Alcides, Paulo César e Caruso, enfrentaria o poderoso Grêmio Mineiro-1, com Vander, Lorival e Leo Duguet, estes jogando pelo empate.
Na escalação dos jogos, definida pelo Grêmio Mineiro, coube a mim enfrentar o Vander, o qual nunca havia vencido.
Logo no início da partida, após eu ter perdido um bom lance de chute, em um contra-ataque fulminante, o Vander abre o placar, o que dificultaria muito as coisas para o meu lado e, por consequência, para a equipe.
Mas no final do primeiro tempo, ET (meu número 8), na cobrança de uma falta, coloca um pouco mais de justiça ao jogo, empatando o placar.
Veio o segundo tempo, e com os resultados nas outras mesas, Caruso 2 x 0 Leo e PC 1 x 4 Lorival, todas as atenções se voltaram para a minha mesa.
Um segundo tempo equilibrado, com poucas chances para os dois lados. Foi a hora dos dois melhores em campo aparecer: Batman segurou dois bons chutes do Vander, levando o empate até os acréscimos. Seriam dez lances e a bola estava na minha defesa, com mais possibilidades para o Vander.
Em um lance milimétrico, consegui aproximar a bola para perto do botão do Vander e cavar em seguida. Na reposição do lateral mandei a bola para o ataque para próximo do meu ponta-direita, o 007.
Passando a vez para o Vander, este viria com um botão de longe, mas não conseguiu se aproximar da bola e seu botão foi para fora da mesa.
Então foi só o 007 se posicionar para o chute e coube ao ET fazer a proteção, mas não fechou completamente, permitindo ao Vander ainda uma tentativa de tirar a bola.
Porém, em sua tentativa, comete a falta no ET. A cobrança seria na sétima palhetada, uma falta da lateral, mais ou menos, na metade do campo adversário.
Na arrumação do goleiro, Vander tenta usar de toda sua experiência para jogar toda a pressão para cima de mim.
Ele começa a tomar técnicas seguidas, só para tentar aumentar a pressão. Mas, como também não sou nenhum iniciante, me afastei da mesa e somente retornei quando o árbitro Digão informou que o goleiro estava colocado.
Mostrando que estava tranquilo no lance, peguei minha palheta e meu pano, e foi minha vez de gastar um pouco de tempo, enquanto pensava onde chutar.
Mirei mais à direita do goleiro, colocando um pouco mais de força para encobri-lo, mas, caprichosamente, a bola toca na quina de cima do goleiro e vai para escanteio.
Todos do Grêmio Mineiro já comemoravam o empate, quando o Digão informou a todos que esta havia sido a sétima palhetada, de um total de 10, e eu havia cavado no primeiro lance.
Detalhe: na cobrança de falta o ET foi parar dentro da área do Vander. Peguei o Jason (nº 13), para fazer a cobrança, pois esse não tinha chance alguma de chute e lancei em direção ao ET.
Este com muita categoria dominou a bola no peito e a deixou rolar em direção ao gol, parando-a cerca de 3 dedos de si e a mesma distância da pequena área, e mirado para o lado direito do gol do Vander. Falei que chutaria a gol!
Na arrumação do goleiro, veio novamente a pressão do Vander, que de tantas técnicas teve três botões expulsos. Ele, então, posicionou o goleiro quase todo à direita de sua meta, com um pequeno espaço que passava um pouco mais de uma bolinha, e seu lado esquerdo, apesar de bem aberto, devido a proximidade da pequena área, ficara quase impossível de acertá-lo.
Com muita tranquilidade, me ajeitei na mesa, e mirei no pequeno espaço que havia sobrado do lado direito do goleiro do Vander, e mesmo com toda a pressão em volta da mesa, chutei forte e a bola foi se espremendo entre a trave e o goleiro e morreu no fundo das redes.
Era a minha primeira vitória sobre o Vander, e esta também daria a vitória por 2 x 1 sobre o Grêmio Mineiro, classificando-nos para a final do segundo turno.
Que jogo!!!

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